Está aqui

Artigos publicados

DEVENDRA E O REJUBILAR DA CONSCIÊNCIA

A todo o ser humano apto, i.e., ciente da sua funcionalidade, compete (e desde muito cedo) encontrar um caminho para a necessária distanciação que lhe permita sobreviver, num mundo onde quase tudo em quase todos os momentos o pode matar, com mais ou menos sobressaltos (consoante a parte do planeta onde lhe tenha cabido nascer). O caçador-recolector demasiado consciente da morte de que nunca verdadeiramente nos libertámos enquanto espécie.

ÍNDIOS E SOUTHERN COMFORT

Índios e “Southern Comfort” (1981), um filme de Walter Hill

 

De uma belíssima selecção de filmes sobre a presença do índio, em relação à qual nada deveria haver a acrescentar, foi, no entanto, dito o seguinte: Ou então, por se ter visto o Walter Hill lá no meio [Geronimo: An American Legend (1993)], colocar em qualquer parte algo que mostre o índio que remanesce, o colono resistente à civilização US of A. Falo de Southern Comfort (1981), do mesmo Walter Hill.

A NOVA CARNE: CARNE LIBERTADA

Videodrome (1983), de David Cronenberg

 

AS IRMÃS BRONTË E O IRMÃO ENCOBERTO

(também por um filme esquecido de André Téchiné)

O ano de 1847 terá sido, como de resto todos, parco em milagres. Mas lá do ponto escondido e de dimensão mais do que provavelmente nula de onde eles vêm, houve lugar a um; um multiplicado por três: foi o ano da publicação de Wuthering Heights, Agnes Grey e Jane Eyre, da autoria de, respectivamente, Emily Brontë, Anne Brontë e Charlotte Brontë, as três manas Brontë.

LAURIE ANDERSON

Do Bowie restam cinzas. Resisti, prestei-me ao extravagante papel de senhor da alma que subitamente se perdeu e ficou sem rumo, até que o deixei ir. Teve de ser. Não é papel que me fique bem.

O ASSASSINATO DE LEE HARVEY OSWALD

Robert Jackson: O Assassinato de Lee Harvey Oswald por Jack Ruby (Prémio Pulitzer 1964)

Dizem que as imagens podem ser ilusórias. Que para o perceber basta fechar os olhos depois de ter lhes ter dado tempo suficiente para ver. Quem sabe se duplamente ilusórias, e assim a verdade que nos resta – Derradeira ironia. Seja como for, agora convém voltar a abrir os olhos.

11.21 horas, 24 de novembro de 1963…

Quem é o culpado?

STRANGER IN A STRANGE LAND – O LIVRO

Stranger in a Strange Land de Robert Heinlein não é um livro, é o livro.

Cinquenta e quatro anos depois. Não meus. Não de ninguém da minha geração. Sem hesitação: o mais inabitual romance saído do, por tendência, mais inabitual dos géneros, a ficção-científica. Incrível proeza.

TERMINATOR (1984)

Tempo ficcionado versus tempo científico, um gozo profundo…

Sim, mas previamente: Schwarzie. Um tipo cá de casa. Caso simples e estranho de tão eficaz. O fraco actor é o robôt perfeito e nunca mais deixará de o ser. O sotaque maquinal ajuda, não destrói.

Um argumento que, como alguém disse –e cito, “sobrepõe a esperteza à inteligência”, e talvez por isso funcione na perfeição. Ou pareça funcionar.

Curiosa ainda a mensagem inicial –dizem-nos que tudo se vai desenrolar “esta noite”; afinal são duas noites e um dia.

FILMES VERDADEIRAMENTE ESQUECIDOS IV

The Razor’s Edge (1984), de John Byrum

Uma vez aqui, deve ser referido que qualquer um dos três filmes dirigidos por Byrum entre 1975 e 1984 cumpre como verdadeiramente esquecido. O obscuro destino do filmmaker Byrum: realizar verdadeiras obras-primas para o verdadeiro abandono. Os filmes: Inserts (1975), Heart Beat (1980) e The Razor’s Edge (1984).

Páginas