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Sociedade

ARROZ DE TAMBORIL

Era um domingo normal, como qualquer domingo que seja passado em casa e em família. No céu uma ou duas nuvens quebravam a monotonia do azul e deixavam antever um dia não muito quente, sem ventos fortes nem possibilidades de aguaceiros. Na casa número 134 da rua da Agonia, uma casa estreita em frente mas longa em comprimento para a parte de trás, onde ainda tinha um jardim amplo, onde estavam duas oliveiras, um limoeiro, um pessegueiro e duas laranjeiras. Fazia lembrar a forma como as casas holandesas se distribuem na cidade. Vi isso pela primeira vez em Malaca.

O GRANDE COELHO BRANCO

O mágico pavoneia grande habilidade. Muitos anos de estrada. A cada truque, olhares inquietos prospectam-se na sala de espetáculos. Ali, ele era o rei e todos obedeceriam ao torvelinho de ilusão. O show, entretanto, se encaminhava ao gran finale. De dentro da cartola negra, que parecia vazia até então, brota um enorme coelho branco, puxado pelas peludas orelhas. Um desfecho digno, dignitário de um grande artista.

DIZ-SE QUE JÁ FOI...

Aconteceu na sexta-feira, num ambiente familiar e de descontração, a apresentação do livro "FALAR POR TRÁS DAS COSTAS" de João Pulquério Paula.

Num fim de tarde agradável no bar Avista do "Vitoria Stone Hotel", em Évora, o autor apresentou o livro que resulta da dissertação de mestrado em Sociologia que realizou na Universidade de Évora subordinada à temática do boato, sendo este um dos poucos estudos existentes sobre este fenómeno social.

OS (WANNABE) COOL KIDS

Que seria do meu artigo, caro leitor, se este não se iniciasse com uma confissão? Sim, tenho imensas “culpas no cartório” como é hábito dizer-se, mas delas lavo as minhas mãos com a consciência tranquila de quem tirou esse peso incompreensível das costas. Não se deixe enganar, levei muito tempo a compreendê-lo, em primeiro lugar, e em executá-lo, no segundo. De que me confesso culpada, pergunta?

PÉS LAVADOS

Descontraído. Sentado na varanda do meu minúsculo apartamento, num tórrido dia de Verão, olhava para o mar em frente, através de um olhar escurecido pelos óculos de Sol vintage. O prédio ficava num décimo segundo andar e não era, em nada, diferente, de todos os outros que se dispunham virados para o oceano. Era um dia quente. Tão quente quanto todos os outros antes, começando a contas nos catorze dias em que estava na praia.

ANDAM A "FALAR POR TRÁS DAS COSTAS"

Diz-se por aí que dia 1 de julho, amanhã, será apresentado, pelas 17h00, no bar Avista do "Vitoria Stone Hotel", em Évora, o livro "FALAR POR TRÁS DAS COSTAS" de João Pulquério Paula.

Ouvimos dizer também que este é um dos poucos estudos existentes sobre este fenómeno social, no entanto, não conseguimos confirmar, embora tenham sido várias as pessoas que nos referiram esta informação.

O REI DE OURIVES

Não há pessoa no mundo que consiga fugir de uma monarquia incrustada no cerne político e econômico da sociedade humana. O Rei de Ourives é feito de ar. Envolve-nos, inebria-nos. Induz nossa liberdade de escolha. Ele possui uma capacidade de domínio inédita: a do convencimento por meio da propaganda massiva e científica. Não, não se trata de uma pessoa, mas sim de um conceito. Um conceito global.

 

BIRRENTOS E INSUPORTÁVEIS

Muitas serão as críticas que espero após o artigo que estou prestes a escrever. Talvez daqueles que acham que melhor que eu conhecem aquilo de que vou falar, talvez daqueles que não se apercebem do movimento contínuo da História. Como sempre, englobo-me nesta categoria dos birrentos e insuportáveis, até porque nem poderia ser de outra forma: todos conhecem a Inês na sua terra como a insuportável, irritante rapariguinha que tem que dizer sempre alguma coisa. No entanto são apenas manias de escritor: as palavras jorram, saltam-nos pela boca e depois é tarde para as apanhar. 

TI XICO

Ti Xico Tirador só saía do monte nos meses do Verão e ficava por fora a temporada quase toda. Ti Xico Tirador ganhara a alcunha por passar os meses de verão de machado na mão a tirar cortiça nas planícies do Alentejo. Filho de gente humilde, nascido num monte isolado no meio dos montes, Xiquinho depressa foi crescendo e passou a Xico Tirador e, mais tarde, já na segunda parte da vida, passou a ser o Ti Xico Tirador em sinal de respeito por todos os seus pares e pelos mais novos.

O QUE MATOU PRINCE?

Ao contrário do que a sua imagem parecia demonstrar, Prince foi um artista genial hospedeiro de um cidadão de ideias conservadoras e confusas, especialmente – pasme-se -, no quesito da sexualidade. Após a sua conversão às Testemunhas de Jeová, nos anos de 1990, as suas opiniões passaram a expressar o que há de mais atrasado quanto à sexualidade. Comentários homofóbicos foram constantes, até há pouco. O símbolo de certa irregularidade que veio a marcar a sua música a partir deste período foram estas suas falas insidiosas e tristes.

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