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Rita Paias

PRESIDENTE “ONE MAN SHOW”

Marcelo Rebelo de Sousa acaba de ser eleito como Presidente da República, algo que já vinha preparando há mais de uma década.

A vitória deve ser reconhecida com a esperança que cumpra aquilo que veio a prometer em termos de independência e imparcialidade.

ANO NOVO, PRESIDENTE NOVO

O Novo Ano arranca em toda a força com o tema das presidenciais e com inúmeros debates diários e simultâneos entre os vários candidatos.

Sendo este um modelo novo, certamente está longe de ser o ideal, uma vez que, quem ainda não tenha decidido o sentido do seu voto, terá de fazer uma enorme ginástica para conseguir acompanhar todos os debates e todos os candidatos.

Depois há candidatos que mesmo querendo dar sinais de uma campanha “comedida” acabam em capas de jornais de página inteira com o destaque que os restantes não tiveram nem, arrisco-me a dizer, terão.

A HISTÓRIA REPETE-SE

Na altura em que esta crónica se encontra a ser escrita, ainda estamos a poucas horas de saber os resultados eleitorais em Espanha.

As primeiras sondagens apontam para um impasse semelhante ao que sucedeu em Portugal. Isto é, nenhum dos principais partidos reúne condições para governar com maioria absoluta.

Não querendo antecipar desde já cenários de coligações entre esquerda/direita ou esquerda/esquerda, creio que há uma análise que deverá ser feita e que, também em Portugal, não o foi.

HÁ IMPOSTOS E IMPOSTOS

Um pouco por todo o País, está nesta altura a discutir-se o Imposto Municipal sobre Imóveis nas Autarquias.

Autarquias há em que se pratica a isenção nos centros históricos sem olhar à preservação e outras tantas há em que se aplica o Imposto tendo em conta a preservação do imóvel.

É o caso de Sintra em que os proprietários de imóveis mal preservados e, em certos casos, devolutos, vão sofrer um aumento do Imposto por forma a incentivar ou a recuperação dos imóveis ou a venda a terceiros efectivamente interessados nessa actividade.

MÉRITO E TEATRO

É melhor nem falar de meritocracia, li algures esta semana sendo que dei comigo a concordar. Falar de meritocracia é quase tabu num País em que, cada vez mais se vinga por se parecer e não por ser. E às vezes o parecer não respeita à qualidade e à competência, mas sim a tentar chegar à tal “caridadezinha”.

A SEMANA DE CAVACO

Com os acordos fechados à esquerda, é mais que previsível a queda do Governo liderado pela coligação PSD-CDS.

Estão criadas as condições exigidas por Cavaco Silva para aceitar um Governo de esquerda, tanto que, para já, nem o Bloco, nem o PCP, farão parte do Executivo.

JE NE SUI PAS CM

Esta semana rebentou mais uma polémica a envolver o Jornal Correio da Manhã. No entanto, desta feita não foi por alguma notícia muito pouco crível que fosse publicada.

A ESCOLHA ESPERADA NUMA DECLARAÇÃO INESPERADA

Cavaco Silva veio anunciar a decisão que já todos esperávamos: a indigitação de Pedro Passos Coelho como Primeiro-Ministro.

Isto depois de ter exigido uma maioria parlamentar e um governo estável para que procedesse à indigitação do futuro Primeiro-Ministro.

Desta forma, iremos ter um Governo de minoria que durará poucos meses até uma nova eleição, levando assim a uma instabilidade inevitável.

DAS MAIORIAS

Podia dizer que os resultados das últimas eleições me surpreenderam mas estaria a mentir.

Contrariamente ao que tenho ouvido e lido por aí, por mais incompreensível que tenha sido o resultado, de mim não ouvirão uma palavra contra os eleitores. Se em tempos critiquei os militantes do PSD e da JSD por chamarem “estúpido” ao “povinho” nas eleições ganhas pelo PS, não é agora que vou mudar de opinião.

NA RECTA FINAL

Esta será a minha última crónica antes das eleições legislativas. Na altura em que a próxima crónica sair, já serão conhecidos os resultados das eleições e quais os rostos que liderarão Portugal e representarão os distritos no Parlamento.

As sondagens dão para todos os gostos. Passos Coelho pede maioria absoluta e, logo no dia seguinte a sondagem Católica/RTP, coloca-o muito perto disso, sendo que, nesse mesmo dia, a sondagem feita para o Expresso pela Eurosondagem, mostra um empate técnico entre a Coligação e o PS.

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