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literatura

Sabias de cor

Vem-me buscar. Estou onde sempre estive, sem pressas. Está na (tua) hora e o meu relógio bate constantemente nos ponteiros que exigem paz num mundo nosso.
Atrás da minha respiração, está a nossa canção a reproduzir-se sistematicamente e a minha mente implora, sussurrando sobre o dia que partiste e deixaste-me sem fôlego. Quero voltar a
casa. Suplico por conforto.

As cantigas que trauteamos

Era pequenino. Novinho e já ouvia e tentava imitar as cantigas que ouvia trautear. É um verbo bonito e diferente. Nunca tive muito, diria nenhum, sucesso nas minhas tentativas de imitação a cantar. Até ao dia de hoje, e isso não mudará certamente enquanto eu viva. Também, não sei quanto tempo vou viver. A nossa duração física e carnal é sempre uma incógnita. Houvera uma bola de cristal e certamente muita gente a usaria para descobrir o seu tempo nesta terra.

A fonte que não queria parar…

Numa terra muito longínqua, perto de tantos sítios que são ao mesmo tempo desconhecidos e conhecidos, havia uma fonte que não queria parar de deixar água.

Neste tempo em que vivemos, quando a água escasseia em quase todo o lado, conhecer a fonte da qual nos podemos alimentar será uma mais-valia…

Porém, a nossa história de hoje, se é que me posso achar no direito de vos contar uma história semanal. Cada texto que escrevo e apresento ao vosso juízo é uma tentativa de partilha e de receção das opiniões de quem lê e quem presta a atenção que considera por conveniente.

“Cem Anos de Perdão” apresentado por João Tordo em Odemira

O escritor João Tordo vai estar presente na Biblioteca Municipal de Odemira no próximo sábado, dia 19, às 15:00, para apresentar a sua mais recente obra, intitulada “Cem Anos de Perdão”, numa iniciativa que surge integrada nas comemorações do centenário de José Saramago.

Para além de fazer a apresentação do novo livro, um policial que conta com a participação da dupla Pilar Benamor e Cícero Gusmão de “Águas Passadas”, João Tordo vai também falar um pouco sobre o seu percurso na literatura.

Novo Mundo

Com forma de anjo, a transmitir o branco mais pacífico que já passara pelos meus olhos, com o branco mais fascinante que não me pertencia, agarro-o e desejo nunca mais largar. Há uma calma a nascer ao meu redor e respiro-a. Uma serenidade que me une à felicidade. Um pôr do sol acompanhado de uma respiração sossegada.

O meu corpo rejeita a dor e um sorriso cresce perante uma melodia inconstante que sai diretamente do meu coração, para um mundo novo. Uma alma abundante de harmonia, prende-se na minha como uma âncora persistente. Faço figas.

A caneta cuja tinta nunca terminava e a vela que não se apagava

Na mesma sala, em cima de uma secretária velha e abandonada, estavam uma vela ainda acesa, que parecia não ter fim e, ao seu lado, uma caneta que tinha escrito uma vida inteira. E era uma caneta que ainda assim continuava a ter tinta. Já não era usada mas existia ainda, tal como a luz daquela vela que não se apagou com a solidão. As coisas, os objetos quando deixam de ser usados, perdem a sua utilidade e, salvo aqueles que os utilizaram alguma vez, ninguém se lembra para que serviam.

Maria Antónia Bastos ficou no 1.º lugar de concurso literário de Odemira

Maria Antónia Bastos, autora do conto “Novíssimas Cartas Portuguesas”, foi a grande vencedora do Concurso Literário sobre Igualdade de Género, organizado pela Câmara Municipal de Odemira.

Este concurso, com o tema “Três Marias”, procurava incentivar a reflexão sobre o papel das mulheres na sociedade e assinalar os 50 anos da obra “Novas Cartas Portuguesas”, da autoria de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.

A décima quarta palavra

Riu-se discretamente ao ouvir o minuto 12 do podcast. Não sei se exatamente pelo conteúdo ou se pela forma. Percebeu a ironia do minuto, da fala e do sotaque.

Os podcasts entraram na nossa vida de forma tão profunda que quase todos tivemos já um encontro, imediato ou mais prolongado, com um podcast. Aqueles que não tiveram ainda, talvez o passem a ter, fruto da curiosidade da leitura deste pequeno texto.

O suspiro do vento

Hoje, quando escrevo esta breve crónica, penso essencialmente naquilo que leva alguém a escrever um texto. Escreveria sobre alguém ou alguma coisa. Escreveria sobre uma terra, um tempo passado, uma alegria, um lamento? Ou escreveria sobre um simples movimento do momento que não se move!

O suspiro do vento é tão forte nesta breve crónica quanto o é no Alentejo, no Algarve, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar.

Passagem de Saramago por Torre de Palma é celebrada em novembro

O Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, tem preparado para o próximo dia 5 de novembro um programa evocativo do centenário de José Saramago, noticia o Evasões.

Esta iniciativa tem início marcado para as 11:00, altura em que os visitantes são recebidos com uma welcome drink, seguindo-se uma visita à propriedade.

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