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literatura

Canja

É quando estamos doentes, com um ligeiro mal-estar ou num dia frio de inverno que a palavra nos soa mais apelativa e mais ternurenta. Sabemos que o significado atrás da palavra canja certamente nos dará um conforto apaziguador ou as forças necessárias para recuperar a saúde.

Com variações por todo o mundo, a canja é um prato internacional e favorito de tanta gente. É simples. No entanto, é na simplicidade das coisas que reside a sua maior beleza ou os seus maiores benefícios.

As Pessoas

Em tantos dias de vida, tantos percursos diferenciados que todos temos, se há elemento comum a todos nós é o de que nos cruzamos com outras pessoas. Tantas outras pessoas. Dependendo de inúmeros fatores, alguns já se cruzaram com um número imenso de pessoas diferentes.

Depende por exemplo da idade, da localização geográfica de onde vive, da profissão, do sedentarismo e de qualidades pessoais de cada indivíduo. As pessoas são todas diferentes, nem os gémeos mais idênticos são iguais. E isso, na minha opinião, é muito bom! Permite-nos uma diversidade multiplicada por 7 biliões.

Maria Teresa Meireles ganha Prémio de Conto Manuel da Fonseca

A obra vencedora da XIV edição do Prémio de Conto Manuel da Fonseca vai ser apresentada no próximo dia 14 de outubro, pelas 16:00, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.

Em comunicado, o município de Santiago do Cacém refere que a obra “101 Contos-de-Bolso”, da autoria de Maria Teresa Meireles, foi a grande vencedora do prémio, tendo recebido “a unanimidade do júri”.

A idade

Hoje, escrevo sobre qualquer idade, a minha

Idade, a vossa idade, a idade do país, a idade da desigualdade…

 

Falo de um país imaginário… que tenho a certeza não existe nem na América, nem em Portugal….

Nesse país, numa das minhas visitas, num encontro inesperado encontrei um cidadão que me colocou várias perguntas e me apresentou argumentos válidos. Passo a citar:

 

Outono

Os dias começam a ficar mais pequenos. Notava-se quando as horas já não tinham tanto sol. A cada dia que passava depois do pico do verão, as noites ficavam mais longas. Era o ciclo natural do ano e das estações desse mesmo ano.

Começavam, também, a cair as primeiras chuvas. Ainda tímidas, anunciavam tempos mais frios e uma mudança no ecossistema e naquilo que existia. Era o outono a chegar, notava-se em variados aspetos da vida diária. Os casacos e as roupas mais quentes denunciavam que se acabaram os bronzes da praia, os calções e as camisas de manga curta.

O saber milenar do silêncio

Há coisas que não se esquecem. Há coisas que se ouvem e não se esquecem, muito menos se querem ouvir. Quem nunca ouviu a célebre frase… mais valia estares calado. Pois é, nesses momentos mais vale manter essa regra sagrada do silêncio.

Quanto não vale ficar calado antes de abrir a boca e dizer uma frase de que nos possamos arrepender no futuro? Ou no momento presente? Há muitas e não as enunciarei aqui. Indo ao encontro do título, muitas opções poderíamos seguir para continuar este texto… seja pela idade ou pelo conteúdo. Um milénio é muito tempo, e o saber é intemporal.

Pirâmides do Egipto e outras coisas triangulares

Há muitos, muitos anos atrás, numa terra tão distante chamada Egito, ou Egipto, como se escrevia antigamente, havia construções de uma dimensão espetacular que ainda hoje se podem ver.

A terra era tão distante porque não havia transportes como há hoje e, assim sendo, não era possível chegar lá tão facilmente. Hoje, as pessoas vão de propósito para ver essas pirâmides e tirar fotografias.

Falar várias línguas

Imaginemos uma pessoa que só fala português ou outra língua, europeia ou não, e não teve nunca a oportunidade de aprender ou dominar outro idioma. Imaginemos uma pessoa que pensa e se expressa num só idioma.

Imaginemos, por outro lado, um cenário em que há várias paredes, umas constituídas por paredes contínuas, sem nada mais além de tijolos e cimento ou betão. Outras, construídas com portas ainda fechadas, mas que podem ser abertas, e pequenas janelas que deixam ver o prado e a cidade além dela.

Km 135 - Sentido Norte / Sul

A vida de muitos de nós passa por diferentes lugares, distâncias que se encurtam e outras que se alargam. Saber contar essas distâncias é um privilégio que muitos de nós gostaríamos de ter. Demonstra por um lado, atenção aos pormenores e ao que implica saber ir do ponto A até ao ponto B. Por outro lado, demonstra que na nossa vida importa percorrer esses caminhos e aproveitar o percurso. Há quem visione a vida como uma autoestrada que tem portagens no início, muitas a meio e todas elas no final. As portagens são uma metáfora do preço que temos de pagar para atravessar esse caminho.

O centro

Quem vivia marginalizado naquela terra imaginária nunca tinha ido ao centro. Quem vivia nas pontas do lugar do mundo onde reinava a fome, nunca tinha ambicionado conhecer o centro. Talvez por não conhecer nem o centro nem os que lá viviam. Essa realidade era absolutamente irrelevante para as periferias.

Lisboa talvez seja hoje e amanhã e depois, talvez tenha sido durante esta semana o centro deste mundo, da espiritualidade, da fé. Numa mensagem que se ecoa e tem ecoado nas últimas horas, a inclusão, todos, todos, todos.

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