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José Figueira

Barro da Flor da Rosa, uma marca do Alentejo

   Seguimos a nossa jornada pela fascinante cultura alentejana. Voltamos ao barro, uma verdadeira marca da região. Depois da olaria de Redondo e Nisa, vamos até Flor da Rosa, berço do imponente Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa e que chegou a ser sede da Ordem do Hospital, mais tarde designada de Malta.

Olaria de Redondo - o testemunho do mais antigo oleiro da terra

Seguimos a nossa jornada pela cultura alentejana, voltando à encantadora vila de Redondo. Berço de grandes mestres oleiros e um importante centro da olaria tradicional alentejana.

Desde tempos remotos, o fabrico e uso de peças de barro, para uso diversificado, desempenhou um papel preponderante na vida quotidiana e económica da região. S. Pedro do Corval, Flôr da Rosa, Nisa, Estremoz, Viana do Alentejo e Redondo, são territórios historicamente marcados pela arte de moldar o barro.

Bordados com casca de castanha, uma marca do artesanato Norte Alentejano

Da raia alentejana seguimos a nossa viagem pelos saberes e tradições até ao norte alentejano. Poderíamos parar na notável cidade romana de Ammaia em S. Salvador de Aramenha ou até mesmo na deslumbrante piscina natural do rio Sever na Portagem. Mas foi em Marvão, a célebre vila amuralhada que deve o seu nome a Ibn Marwan, onde encontrámos uma arte antiga e peculiar da nossa região.

Décimas na Igrejinha, uma tradição bem viva

Décimas em Honra de Nª Srª da Consolação – Igrejinha, uma tradição bem viva.

Continuamos a nossa viagem pela incrível cultura popular alentejana. Desta feita, relembramos uma das mais conhecidas artes do Alentejo – a poesia popular. Uma verdadeira riqueza cultural coletiva. Longe vão os tempos em que, à volta do lume, os trabalhadores rurais se juntavam e declamavam as décimas em forma de despique. Sem o fulgor de outrora, os poetas populares, de forma entusiasta, ainda permanecem em grande parte da região.

A chaminé alentejana, o centro de uma cultura

Elemento fundamental nas casas tradicionais alentejanas, a chaminé representa um verdadeiro templo de contadores de histórias onde, por debaixo da sua abóbada e em ambiente de acalmia, as famílias se reuniam, particularmente ao serão.  Quer seja em casa ou no monte alentejano, a chaminé era o verdadeiro coração da habitação e localizava-se na tradicional cozinha. Local de grande importância, assumindo múltiplas funções.

Bonecos de Estremoz, do Alentejo para o Mundo

Seguimos o nosso périplo pelas manifestações culturais, tão singulares e genuínas da nossa região. De modelação única e pelas mensagens simbólicas que contêm, o figurado em barro de Estremoz é uma curiosa e original forma de arte que, pela sua elegância, nos faz especar em busca da sua interpretação.

Serra de Aires e Rafeiro, os guardiães do Alentejo

Parece não ter fim o potencial que o Alentejo nos oferece. Em cada recanto um costume, em cada lugar uma tradição. Uma ampla herança intemporal onde, para além do património artístico, patrimonial e cultural, também a fauna e flora são verdadeiros legados de uma biodiversidade tão peculiar neste território.

Tapetes de Arraiolos, um tesouro artístico do Alentejo

De entre profusas manifestações artísticas do Alentejo, os Tapetes de Arraiolos são uma conhecida arte de manufatura própria e imagem de marca da Vila que os baptizou. Pese embora a sua notoriedade em território nacional, esta verdadeira jóia da tapeçaria é também ela de amplo reconhecimento mundial.

Alentejo, um paraíso da doçaria conventual

Este livro se não entregará a outrem que não seja pessoa desta Casa, nem por cedência,

nem por empréstimo por afectar os proveitos, da feitura de doces que nesta Casa são feitos.

Santa Clara de Évora, 26 de Outubro de 1729

Inez Maria do Rosário

Escrivã

 

Por diversas vezes temos abordado os vários domínios em que o património cultural se manifesta na nossa região.  Seguimos a nossa demanda por uma prática ancestral e que merece o devido reconhecimento – os doces conventuais.

Bibliotecas Itinerantes, tempos em que os livros percorriam quilómetros pelo Alentejo

Pobreza, isolamento, diferenciação social, analfabetismo e precariedade, eram traços característicos e marcantes do Alentejo profundo. Décadas difíceis de parco acesso a informação, assim foram até meados do séc. XX. Como forma de subsistência das suas famílias, pais e mães trabalhavam arduamente por esses campos, recorrendo inúmeras vezes ao auxílio dos filhos nas lides domésticas ou até mesmo laborais.