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Doença da língua azul

Baixo Alentejo exige apoio do Governo para doença da língua azul

A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) enviou, na semana passada, uma carta ao ministro da Agricultura e Mar a reivindicar medidas de apoio para o setor agropecuário, nomeadamente para os casos de língua azul.

Em comunicado, citado pela agência Lusa, a Associação de Agricultores do Sul (ACOS) adiantou que a carta, endereçada pela Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo ao ministro, alerta para as “graves consequências” que o setor está a enfrentar com a febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul.

Vírus da língua azul preocupa produtores do Campo Branco

O vírus da “língua azul”, que já matou mais de 37 mil ovinos, volta a ter grande incidência de casos, particularmente na sub-região do Campo Branco, no Baixo Alentejo, revela a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Em declarações à Rádio Castrense, o médico veterinário da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, João Madeira, confirma “a preocupação que esta situação está a gerar” e considera que “a denominada zona do Campo Branco está a ser particularmente afetada, com a particularidade de esta incidência se estar a verificar em efetivos que já foram vacinados”.

Agricultores alentejanos receiam nova variante da língua azul

A ameaça da doença da língua azul regressa com o aumento das temperaturas na primavera, porém, os criadores de ovinos no Alentejo confiam que as vacinas protejam os animais e só receiam uma nova variante da doença.

Em declarações à agência Lusa, Luís Campos, que tem uma exploração perto de Monforte, conta que vacinou, em março, o seu efetivo de ovinos, constituído por 250 animais, contra o novo serotipo 3 da febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul, surgido em 2024 em Portugal.

Apoio do Governo para língua azul é “bem-vindo mas escasso”

Organizações de agricultores do Alentejo consideraram bem-vindos os novos apoios aprovados pelo Governo para fazer face aos prejuízos provocados pela doença da língua azul, ainda que as medidas fiquem aquém do necessário.

O Governo vai pagar 48 euros por ovino morto aos produtores afetados pela doença da língua azul com prejuízos inferiores a 30% e criou uma linha de crédito bonificado de cinco milhões de euros para apoio às explorações afetadas.

Agricultores exigem que Governo altere medida de apoio à língua azul

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) exigiu que a medida anunciada pelo Governo para compensar os produtores que perderam efetivos por causa do surto de língua azul cubra “a totalidade do prejuízo”.

No final de uma reunião do Conselho Consultivo Regional da CAP, em Vidigueira, o presidente da estrutura, Álvaro Mendonça e Moura, defendeu que o apoio anunciado pelo Governo “não é de todo suficiente” e “deixa de fora praticamente a totalidade dos produtores”.

Governo financia vacinas contra língua azul no Alentejo

O Governo financiou 385.050 doses de vacina contra o serotipo três do vírus da língua azul, num montante que ultrapassa os 982.318 euros, sobretudo para os distritos de Portalegre, Évora, Beja e Castelo Branco.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura, citado pela Lusa, revela que “com a autorização da vacinação voluntária no final de setembro de 2024, a adesão foi significativa. Até ao momento, foram financiados todos os pedidos efetuados até 31 de dezembro e que correspondem a 385.050 doses de vacina, num montante total de 982.318,62 euros”.

Novo serotipo da língua azul detetado em Portalegre

O serotipo oito do vírus da língua azul foi detetado em bovinos no distrito de Portalegre, revelou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

De acordo com uma nota da DGAV, citada pela agência Lusa, “a 28 de novembro de 2024, foi confirmado pelo INIAV [Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária] a presença do serotipo oito do vírus da língua azul em efetivo bovino do distrito de Portalegre”.

Governo admite verbas europeias ou do orçamento para prejuízos com língua azul

José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura

O ministro da Agricultura admitiu o recurso a verbas comunitárias ou do Orçamento do Estado para ajudar agricultores afetados pela doença da língua azul, mas insistiu que é preciso aumentar as notificações das mortes dos animais.

Em declarações aos jornalistas, em Ourique, no distrito de Beja, após o encerramento de um congresso luso-espanhol de pecuária, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse que o Governo está “a ver as possibilidades” de recorrer “a fundos comunitários” para poder “apoiar aqueles que perderam rendimento”.

Surto de língua azul agrava prejuízos que ultrapassam 6M€

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) denuncia o “elevadíssimo número de animais mortos” na sequência do surto de língua azul que, neste momento, já atingiu todos os distritos de Portugal continental, tendo já impactado o setor com prejuízos que ascendem a 6 milhões de euros.

CAP quer intervenção urgente do Governo face à gravidade de surto da língua azul

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou que a febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul, está a provocar “uma grave crise financeira e económica” no país e reclamou a intervenção urgente do Governo.

Em comunicado publicado na sua página de Internet, consultado pela agência Lusa, a CAP disse estar a acompanhar “a gravidade do surto e os impactos financeiros crescentes”.