Apanhaste-me. Deste-me a mão e eu saí da poça em que me mantia afogada. A luz decidiu revelar-se de novo. Passado tanto tempo; cumprimentei-a. Aqueceu-me. Transmitiu-me segurança e conforto.
Sorri.
Estava numa dança lenta e apaixonada com ela.
Ainda com a minha mão entrelaçada na tua, guias-me por novos caminhos; não que eu não os tivera conhecido antes. Mas agora, observo noutra perspectiva.
Explodo gratidão. Por ti. Por nós. Pelo que temos, e iremos ter.
O meu sorriso grita o teu nome, os meus olhos têm o teu vulto tatuado. O meu sorriso que tanto chora de dor, deste estar sempre aberto. Rio-me para estes. Mal sabem eles.
Conto às estrelas. Falo com elas. Elas abraçam-me e sei que estou no lugar certo.
Tenho a teoria que todos nós precisamos de uma melodia. E, uma vez mais, rio-me. Rio-me porque sempre estiveste a tocar. Constantemente. Sem parar. Dei por mim a querer escutá-la e acabou por se tornar a minha música favorita, conseguindo facilmente repeti-la vezes e vezes sem me cansar.
Espero que quando sintas a minha falta, feches os olhos e vejas os nossos corações a encontrarem-se; no caminho que tão bem conhecemos.
Transformaste num piscar de olhos, uma cor suja e triste, num cor-de-rosa cintilante. Uma tempestade agressiva, num dia de primavera. Todos os dias pintas as minhas feridas sem saberes. Cicatrizes tornam-se agora, numa bonita história de amor. Tens um poder incrível e não sabes.
Sussurro-te pequenas palavras sentidas onde brilha facilmente um pequeno, grande, obrigada. O teu coração pressionado contra mim, e sei que tenho o mundo.
“Like a river flows surely to the sea, darling so it goes. Some things are meant to be”