A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) lançou na internet um projecto mundial que pretende saber o que valorizam mais as pessoas nas suas vidas.
Até ao momento foram mais de 60 000 as pessoas que responderam ao inquérito, compartilhando a sua própria visão sobre o que torna a vida melhor, através de tópicos de bem-estar, com vista a chegar a umÍndice para uma Vida Melhor.
Se compararmos as respostas dadas por portugueses e espanhóis (possível através de um mapa interactivo) percebemos algumas diferenças entre os dois povos que partilham a península. Enquanto portugueses colocam a satisfação pessoal em primeiro lugar, os nossos vizinhos espanhóis valorizam fundamentalmente a saúde e colocam a satisfação pessoal em terceiro lugar nas suas preferências.
Enquanto espanhóis colocam a educação em segundo lugar como condição para uma vida melhor, para os portugueses a educação não parece tão relevante já que esta ocupa o sexto lugar nas suas preferências.
Habitação, dinheiro, comunidade e participação cívica não permitem distinções entre portugueses e espanhóis. Uns e outros colocam a participação cívica em último lugar enquanto condição para uma vida melhor.
Outro fato curioso dos resultados do inquérito e se nos mantivermos dentro da União Europeia é que apenas os pequenos estados ou autonomias como Andorra e o Liechtenstein colocam o ambiente como primeira condição para uma vida melhor.
Outra curiosidade é que se compararmos portugueses e noruegueses os resultados fazem de nós muito mais parecidos em termos do que valorizamos do que entre portugueses e espanhóis.
Mas se procurarmos a média das respostas de todos os países compreendemos que independente da nossa origem ou das condições em que vivemos, todos consideramos o mesmo, a satisfação pessoal e a saúde fazem da vida algo muito melhor para ser vivida.