25 Fevereiro 2015      00:00

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O correr dos dias | 25 fev «Stop otimismo?»

Bruxelas colocou hoje Portugal debaixo de vigilância apertada por "desequilíbrios excessivos".

Num curto espaço de tempo fomos incumpridores, depois exemplo e, em menos de uma semana, voltamos a ser “meninos mal comportados”.

A Comissão Europeia anunciou hoje que, e depois de análises efetuadas ao último semestre económico, Portugal e mais quatro estados na EU serão monitorizados de modo mais específico por apresentarem desequilíbrios económicos excessivos.

Os nossos colegas “excessivamente desequilibrados são a França, a Itália, a Croácia e a Bulgária e Portugal - apresentam desequilíbrios excessivos que exigem ação política decidida e monitorização específica".

O comissário dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici disse: "Em Portugal, apesar de progressos consideráveis durante a implementação do programa de assistência, permanecem riscos importantes ligados aos níveis elevados de dívida, tanto internamente como externamente, e alto desemprego, e por isso concluímos que Portugal também deve ficar na categoria de desequilíbrios excessivos”.

Também sobre Portugal, a observação de Santana Lopes sobre as relações com os gregos será, no mínimo, um tanto ou quanto estranha. Disse o ex-primeiro-ministro, à SIC Notícias, que os portugueses defendem o Syriza porque somos “muito samaritanos” e olhamos para o Syriza como “um partido simpático”.

Disse ainda o governo português quis distanciar-se da Grécia para não sofrer riscos de contagio e que o povo não compreendeu isso. Disse ainda que terá “a perceção que há da parte dos portugueses uma solidariedade com os coitadinhos, os fracos, e os desprotegidos, sejam de direita ou esquerda. Acham o Syriza simpático e não gostam que o maltratem”.

Defendeu que Passos Coelho não podia ter sido muito benevolente com a Grécia, porque se os gregos conseguissem o que queriam iria ouvir reclamações em Portugal da oposição e das pessoas em geral.

Uma justificação que será tão absurda quanto o ato. Estará Santana Lopes a fazer uma “jogada de charme” a Passos Coelho no caminho para as presidenciais?

Luís Carapinha, editor