23 Fevereiro 2015      00:00

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O correr dos dias | 23 fev «O futuro chega pelos carris»

Finalmente a linha de comboio entre o porto de Sines e a fronteira de Elvas recebeu luz verde para avançar e conta com 136 milhões de euros da Comissão Europeia para avançar até Évora.

São boas notícias, não só para o Alentejo, mas para todo o país. O investimento total de 267 milhões de euros visa reforçar a competitividade do porto de Sines, dos raros portos europeus de águas profundas, e articulá-lo com os portos de Setúbal e Lisboa, além das plataformas logísticas de Poceirão e Elvas e com a ligação Lisboa-Madrid.

Mas também surgem notícias menos positivas como o facto de o Governo ter violado a meta da dívida e se ter invertido a tendência de subida. Os portugueses devem agora aproximadamente 224,5 mil milhões de euros aos credores. O atual governo, segundo dados do Banco de Portugal, hoje publicado no “Dinheiro Vivo” terá gasto mais 2,6 mil milhões de euros que o previsto no orçamento.

De acordo com o “Expresso”, e com dados do Banco de Portugal, as empresas e as famílias conseguiram mesmo, nos últimos anos, reduzir os créditos, já o sector público não o conseguiu.

Entre 2010 e 2014, a dívida do setor público saltou de 118% para 164,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Números que mostram um aumento de mais de 73,4 mil milhões, em quatro anos, num total de €287,1 mil milhões; estes valores englobam as dívidas incluídas de empresas e entidades públicas, com exceção do setor financeiro, ou seja, da Caixa Geral de Depósitos.

Carlos Tavares, o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários revelou hoje - no debate “Governo das Sociedades e Responsabilidade Social das Empresas”, levado a efeito pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) - que os off-shores são muitas vezes utilizados como desculpa para não chegar a, ou utilizar, determinadas informações e acrescenta que “o caminho natural devia ser para a eliminação destas entidades opacas”.

Entende também que a existência de regras diferentes num mercado global e em que o capital tem toda a liberdade de movimentos provocam “não só a fuga fiscal como operações que podem não ser as mais legítimas”.

 

Luís Carapinha, editor