11 Fevereiro 2015      00:00

Está aqui

O Correr dos Dias | 11 fev "Quem será o Pinóquio do conto grego?"

"São competentes, inteligentes, e pensaram sobre os seus problemas. Temos de os ouvir. "

Foi assim que Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, definiu o governo grego após um encontro com o ministro das Finanças helénico, antes do início da reunião do Eurogrupo, de acordo com a Reuters.

A questão que vai surgindo é: “Quem é o Pinóquio deste conto? Quem está a contar um conto de crianças? A Alemanha ou a Grécia?

Até agora, no Eurogrupo, cada um com a sua posição, mas Varoufakis já disse que nem se coloca a saída do euro como hipótese e Tsipras disse que não pretende estender o programa de resgate que termina dia 28.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, já revelou que o mais provável é adiar a decisão do Eurogrupo sobre a Grécia para a reunião seguinte, pois devem ouvir os gregos e ponderar posteriormente.

Já Cavaco Silva disse hoje que esta solidariedade com a Grécia representa "milhões tirados aos portugueses" e fez referência à mudança de atitude do governo grego após ser ter sido eleito.

Também por cá, o Governo, no dia 1 do processo de privatização da TAP, – começou hoje o processo que levará à escolha do novo dono - anunciou que quer saber quem são e como se financiam os jornais, de modo a promover a transparência.

Quem tem olho para o negócio é a angolana Isabel dos Santos, que está em negociações para entrar no capital da EFACEC, segundo o “Jornal i”.

O Governo anunciou também, através do secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, um novo modelo de financiamento para as universidades. Este novo modelo prevê limites de alunos por instituição e é baseado numa lógica de financiamento direto e por um assumir de compromissos e objetivos.

Mas a atividade governamental não se fica por aqui: vem aí a carta de condução por pontos!

Num anúncio feito por outro secretário de Estado, o da Administração Interna, João Almeida, foi anunciada esta medida, um sistema – já aplicado por exemplo em Espanha e com resultados muito positivos - que substituirá o atual regime das multas e da cassação do título.

Soube-se também que, de acordo com o jornal “Económico”, metade do valor dos contratos públicos, em 2014, foram realizados por ajuste direto, aumentando os valores totais dos contratos públicos de 700 milhões em 2013, para 4,2 mil milhões de euros no ano passado.

Entre os que mais gastam em contratos estão a EDIA, a Lipor e o Município de Lisboa.

A Direção Geral de Saúde revelou que, em Portugal, a mortalidade infantil continua a baixar, apesar de estarem preocupados com o facto de ainda existirem muitos portugueses que não chegam aos 70 anos, e o presidente nacional da Cruz Vermelha, Luís Barbosa, – fundador do CDS e ex-ministro dois governos diferentes na década de 80- disse que “Uma percentagem elevada da população caiu numa situação dramática” e que têm recebido pedidos de ajuda para pagar contas de água, luz e medicamentos, e para ter acesso a alimentos e a outros bens de primeira necessidade.

Enquanto a China ultima os preparativos para festejar a entrada no ano da Cabra, esta quarta-feira à meia-noite, a “Human Rights Watch”  denunciou a violação de 221 mulheres em 36 horas no Darfur do Norte. Este ato terá sido cometido por soldados sudaneses no final de outubro de 2014.

 

Luís Carapinha, editor