29 Setembro 2017      10:47

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PORTUGAL EM 21.º LUGAR EM IDD MAS COM "BOAS HIPÓTESES" DE VIR A LIDERAR

Segundo o Jornal de Negócios, Portugal está abaixo da média da União Europeia na área digital, ocupando o 21.º lugar no Índice de Densidade Digital entre os 33 países analisados pela Accenture Strategy e pela Oxford Economics. 
 
Para duplicar o peso dos especialistas de tecnologia na força de trabalho, dos actuais 2,5% para 5%, o estudo sugere a adopção de modelos de recrutamento flexíveis, como por exemplo "através da atracção de recursos internacionais" e a "criação de programas universitários específicos", assim como o aumento do investimento e aproveitamento de tecnologias, "o lançamento de novas políticas fiscais que tornem o país mais atractivo ao capital estrangeiro" e o "empenho" por parte das empresas na "conjugação da "nova" com a "velha" economia, propiciando um modelo de co-criação e reinvenção de negócios que as posicionem como parceiros locais das novas grandes multinacionais", são outras das medidas sugeridas pelo estudo para aumentar o peso do digital na economia portuguesa. 
 
Para o eurodeputado eborense Carlos Zorrinho, o país pode criar mais valor e emprego na economia digital
 
"A densidade digital portuguesa tem um forte potencial para crescer de forma robusta na próxima década tendo em conta que o País fez nas últimas duas décadas uma aposta estrutural nas infraestruturas tecnológicas e nas competências digitais das novas gerações e está  agora a iniciar a aplicação do programa Industria 4.0 que dá resposta a algumas das sugestões de ação resultantes do estudo citado".
 
Zorrinho considera que apesar de algumas excepções "muito relevantes nalguns setores, a economia portuguesa falhou o objetivo de se tornar globalmente competitiva na industria tradicional", mas que a oportunidade parece estar na digitalização como "embrião de uma nova revolução digital, menos dependente da localização física dos mercados".
 
Para o eurodeputado Portugal tem boas hipóteses de se destacar nesta área, "sobretudo se mantiver a aposta nas infraestruturas, na qualificação, na inovação e na investigação científica e se para além de prestar serviços às grandes plataformas internacionais de valor, também conseguir sediar no seu território o núcleo central de algumas delas e adaptar aos novos desafios as industrias tradicionais em que já nos conseguimos afirmar".