20 Dezembro 2016      12:03

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PINHÃO: O OURO BRANCO DO ALENTEJO

Foi tudo uma questão de oportunidade que levou a PineFlavour, uma empresa de transformação de pinhão, a instalar-se em Grândola para, a partir dali, processar pinhão e exportar cerca de metade da sua produção, calculada em cerca de 500 quilos de miolo de pinhão por dia.

Para Pedro Amorim, um dos empresários da PineFlavour, a matéria prima abundante na região, o apoio da autarquia e a proximidade com o Porto de Sines, ditaram a instalação da empresa nesta zona da costa alentejana e o investimento de cerca de 1,5 milhões de euros na construção da unidade fabril.

Para além do pinhão a empresa também vende a biomasssa resultante do processamento da pinha como combustível, que tem um poder calorífico superior à madeira e é muito procurada pelas indústrias panificadoras e pelas produtoras de pellets.

Segundo os dados disponíveis a capacidade produtiva da pinha está estimada num valor económico que se situa entre os 50 a 70 milhões de euros/ano e o Alentejo produz 67% das pinhas nacionais.

O preço do miolo do pinhão no mercado nacional tem oscilado nos últimos anos entre os 79 euros/kg e os 120 euros/kg.