2 Agosto 2016      09:31

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E O MELHOR AZEITE DO MUNDO É… ALENTEJANO, CLARO

O dito popular “És fin@ como o azeite de Moura” não existe ancestralmente por acaso.

Tanto não é por acaso que o Azeite Moura DOP, da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, venceu o prémio mais importante do mundo para os azeites virgem extra, o do concurso internacional Mário Solinas.

Não é de agora que o azeite alentejano é reconhecido, em especial o de Moura, no entanto, junta-se agora aos vinhos como mais um produto tradicionalmente alentejano reconhecido lá fora ao vencer a medalha de ouro na categoria de frutado maduro, neste concurso organizado pelo Conselho Oleícola Internacional.

A concorrência era forte e de 111 marcas de diferentes países, desde a Argentina, Austrália, Chile e Israel ao Perú, Tunísia e Uruguai e, para o vencer, o azeite de Moura teve passar vários testes e apertados critérios organolépticos.

Agora falta prová-lo, mas só em setembro terá esse prazer, pois a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) – fundada em 1954 – só o começará a comercializar nessa altura.

Na última campanha olivícola em Portugal, das 100 mil toneladas produzidas 76% - foram de origem alentejana, o que representou cerca de 230 milhões de euros.

Com novos olivais a serem plantados, prevê-se que nos próximos quatro anos Portugal possa chegar às 120 ou 130 mil toneladas, quando as previsões eram que só em 2020 fosse atingida a barreira das 100 mil. Os olivais super-intensivos do Sul - que usufruem da barragem do Alqueva - têm tido um papel determinante nesta subida.

Há cerca de 10 anos atrás a produção era somente de 11 mil toneladas.

As exportações valem já a Portugal 436,5 milhões de euros, sendo os mercados principais Brasil e Angola com cerca de 50% do volume total de produção, no entanto, as exportações diminuíram 4% em volume em 2015.

Portugal continua a ser quarto na lista dos maiores produtores europeus, num ranking liderado pela Espanha, seguida da Itália e da Grécia.

A oliveira é uma espécie mediterrânica o seu nome provém do latim "oliva", que por sua com origem a partir de grego micênico “e-ra-wa” ("elaiva") que significa “óleo".

Desde o neolítico que a azeitona é utilizada para azeite que era usado depois como unguento, combustível ou na alimentação. Tomou tal importância em algumas culturas que se tornou uma árvore venerada.

Já em 1500 a.C., na ilha de Creta prosperava o comércio do azeite, sendo que os gregos aprenderam da civilização minoica as técnicas de cultivo da oliveira.

A cultura grega associava a oliveira à força e à vida e mesmo na Bíblia vem citada por diversas vezes.

A oliveira é uma árvore com muita longevidade das oliveiras e estima-se quem. Estima-se que algumas oliveiras em Israel possam ter mais de 2500 anos de idade. Também em Portugal em Santa Iria de Azóia e Monsaraz, existem oliveiras milenares.

Com uma importância enorme também na cultura alentejana, a oliveira e o azeite não podiam deixar de marcar presença na gastronomia e no Cante, quem não se lembra de “Ó rama, ó que linda rama, Ó rama da oliveira (…)”.

 

Fotografia daqui