28 Setembro 2018      18:59

Está aqui

Ferrovia do Alentejo tem que "valorizar Porto de Sines e Aeroporto de Beja"

O professor e investigador da Universidade do Algarve, Manuel Tão, defendeu ontem em Sines que a aposta em linhas ferroviárias alternativas e a modernização da Linha do Alentejo pode valorizar duas grandes infraestruturas na região: o porto de Sines e o Aeroporto de Beja. A tese foi defendida numa iniciativa da Plataforma Alentejo, que debateu mobilidade e acessibilidades no Alentejo e foi avançada pela Revista Cargo.

«Necessitamos de uma redundância, porque Sines, na sua condição de porto global e de águas profundas, não pode ficar dependente de um só itinerário de ligação a Espanha e a Linha do Alentejo, com um traçado muito bom em termos de geometria e poucas pendentes, vai resolver vários problemas», afirmou, acrescentando que o país deve «injetar mais capacidade» na ferrovia, tendo em conta o crescimento dos comboios de mercadorias e do transporte de passageiros e, para que isso aconteça, disse, «não é necessário construir de raiz» novas linhas.

«A Linha do Alentejo completamente modernizada vai absorver comboios que sejam necessários de e para Sines, venham eles de Madrid ou de qualquer outra região, mas vai resolver o problema dos Intercidades do Algarve», concluiu, referindo ainda que a modernização da Linha do Alentejo poderá passar por uma candidatura ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que permitiria «a eletrificação integral do troço Casa Branca/Beja, com a renovação integral de via e a instalação de comando de tráfego centralizado».

Manuel Tão, 51 anos, é investigador e professor da Universidade do Algarve. Tem doutoramento em Economia dos Transportes e é especialista em Engenharia dos Transportes e Planeamento.

 

Siga o Tribuna Alentejo no  e no Junte-se ao Fórum Tribuna Alentejo e saiba tudo em primeira mão