12 Janeiro 2022      14:45

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Fábricas da Embraer em Évora vendidas por 151 milhões de euros

As unidades industriais Embraer Metálicas e Embraer Compósitos, subsidiárias da Embraer e localizadas no Parque Industrial Aeronáutico de Évora, foram vendidas à espanhola Aernnova por 172 milhões de dólares (151,5 milhões de euros).

De acordo com o jornal ECO, este valor ainda está sujeito a ajustes até à conclusão do negócio, que se prevê para o primeiro trimestre deste ano.

Em comunicado, a Embraer explica que o acordo com a Aernnova tem como objetivo aumentar a capacidade de produção das duas unidades industriais e diversificar a carteira de clientes, sendo que as instalações em Évora serão os maiores centros produtivos da Aernnova a nível mundial.

Note-se que a Embraer Metálicas e a Embraer Compósitos têm, respetivamente, 37 100 e 31 800 metros quadrados, e juntas empregam cerca de 500 pessoas. As duas unidades combinam tecnologias avançadas no fabrico de aeroestruturas metálicas e de compósitos com um elevado nível de digitalização e automação dos processos produtivos.

Além disso, ambas produzem componentes para asas e estabilizadores verticais e horizontais para programas aeronáuticos da Embraer, entre outros, e receberam 34,65 milhões de euros em incentivos do Portugal 2020.

A empresa aeroespacial com sede no Brasil refere que, com esta parceria, a Aernnova assumirá a operação das fábricas em Évora e, ao mesmo tempo, assegurará o fornecimento para a produção de aeronaves Embraer, aumentando a previsão de receitas de longo prazo dos espanhóis, que se estima em mais cerca de 170 milhões de dólares.

Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, afirma que “o acordo permitirá a ampliação dos níveis de ocupação nas fábricas de Évora e a diversificação da base de clientes, trazendo novas oportunidades de negócios”.

Já Ricardo Chocarro, CEO da Aernnova, diz que o acordo “reforça ainda mais o status da companhia como uma líder global no design e na produção de aeroestruturas”, acrescentando que “planeamos avançar ainda mais nas operações das instalações e estabelecer Évora como um modelo na fabricação de aeroestruturas”.

 

Fotografia de tecnodefesa.com.br