7 Junho 2021      11:02

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Évora reativa aqueduto para poupar 120.000 m3/ano de água

A Câmara Municipal de Évora vai dar início ao projeto “LIFE – Água da Prata”, que pretende substituir a água tratada usada na rega de grande parte dos espaços verdes da cidade por água proveniente de nascentes e captações naturais, transportada através do aqueduto, num investimento de mais de um milhão de euros.

Em comunicado, a autarquia refere que estão previstas obras de conservação no aqueduto e que, desta forma, “será minimizado o impacto da utilização da água tratada da rede pública”, nomeadamente a poupança de 120.000 m3/ano de água tratada. Uma vez que “a água continuará a ser transportada por gravidade, respeitando os métodos originais”, prevê-se ainda uma redução do consumo energético em bombagem de água. A água a utilizar na rede de rega será a que provém das nascentes e dos poços da Graça do Divor, que atualmente não é aproveitada.

O município afirma ainda que o projeto prevê a construção de uma rede de condutas na cidade, destinada exclusivamente a distribuir a água do aqueduto por grande parte dos jardins e espaços verdes, além da construção de um reservatório de 1.000m3, que terá como função regularizar o caudal e pressurizar a referida rede.

Em paralelo, “irão também funcionar dois pequenos sistemas de rega autónomos no jardim das Corunheiras e junto à Av. de Lisboa. Nestes sistemas irá utilizar-se a água de poços existentes nos jardins, em substituição da água tratada da rede pública, e também bombas de rega acionadas por energia solar”, pode ler-se no comunicado.

Adicionalmente, o projeto “LIFE – Água da Prata” contempla ações que visam adaptar estruturalmente alguns espaços verdes da cidade, para melhor resistirem a ondas de calor e fenómenos de precipitação extrema, como plantações de árvores nos jardins, por exemplo.

De acordo com a autarquia, esta iniciativa integra a estratégia global do município para “tornar Évora uma cidade mais sustentável, amiga do ambiente, e melhor preparada para enfrentar os efeitos nocivos das alterações climáticas que cada vez mais se vão fazendo sentir”.

O projeto foi candidatado pelo município de Évora aos apoios comunitários da União Europeia, tendo obtido cofinanciamento a 60% através do Programa LIFE da União Europeia.