Apesar de Portugal ser um país pequeno, de recursos limitados e periférico, portanto relativamente pouco atractivo como país de destino, são já variadas e de relativa dimensão as comunidades estrangeiras aqui residentes, com particular destaque, naturalmente, para as oriundas dos países da CPLP.
Alterações climáticas, guerras, crises políticas, sociais, alimentares e colapsos de estados estão a criar fluxos migratórios nunca observados e que pressionam de uma maneira ou de outra o status quo do ocidente. E são precisamente os desafios e oportunidades criadas com esta realidade que vão estar em discussão em Évora entre 8 e 9 de setembro num congresso internacional dedicado ao problema da integração e capacitação dos migrantes e e dos seus filhos nas nossas escolas, organizado pelo Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora, (CIEP-UE), e o Centro Lusíada de Investigação em Política Internacional e Segurança da Universidade Lusíada (CLIPIS).
Para a organização Portugal precisa desses imigrantes em termos económicos, demográficos, sociais e culturais. E, ainda assim, há quem os veja mais como um problema do que como uma oportunidade. "Às nossas escolas chegam os filhos desses imigrantes. E essas crianças e jovens, às vezes mesmo já na segunda geração, chegam às nossas escolas portadores de uma língua, uma cultura, no fundo, uma visão do mundo e da vida diversos da língua (pelo menos do linguarejar), da cultura e da visão do mundo e da vida hegemónicos na sociedade portuguesa. Como o país, também a escola portuguesa precisa desses filhos dos nossos imigrantes. Também como para o país, eles são uma riqueza e uma oportunidade."
Imagem de capa de eunews.it