A empresa Sociedade E79 Portugal Unipessoal, com sede em Beja, requereu os direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais numa área que abrange quatro concelhos do distrito de Évora.
De acordo com a agência Lusa, a área alvo do pedido de prospeção tem 447,5 quilómetros quadrados e localiza-se maioritariamente no concelho de Montemor-o-Novo, e também nos de Évora, Vendas Novas e Viana do Alentejo.
A E79 Portugal – que pretende procurar depósitos minerais de cobre, chumbo, zinco, ouro e prata – propõe “uma licença de prospeção e pesquisa com uma validade inicial de três anos”, podendo esta ser renovada duas vezes, pelo período de um ano, pode ler-se no portal Participa.
Segundo o requerimento do pedido, “o plano geral dos trabalhos a executar compreende levantamentos geofísicos e geoquímicos, sondagens e ensaios metalúrgicos”.
A sociedade realça ainda que, ainda que os direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais tenham sido requeridos pela empresa portuguesa, “o proprietário final de 100% da E79 Portugal é a Ropa Investments”, com sede em Gibraltar.
“O respetivo financiamento será efetuado pela empresa E79 Portugal Unipessoal Lda com o apoio da Ropa Investments Limited”, adianta a mesma fonte.
Quanto ao investimento, a sociedade indica que o volume total estimado é de 663 mil euros durante o período inicial do contrato, enquanto nos períodos da eventual prorrogação estão calculados 700 mil, repartidos anualmente.
Assinalando que os trabalhos previstos representam “um impacto ambiental muito reduzido ou quase nulo”, a E79 Portugal refere que o seu plano visa “definir áreas onde possam estar contidas as mineralizações de interesse e que possam ter as características tecnológicas requeridas”.
Entre os objetivos está também a quantificação das áreas com recurso à execução de sondagens com recuperação de testemunho e as amostras retiradas por sondagens e nos levantamentos de campo e também por intermédio de testes laboratoriais em laboratórios devidamente credenciados.
Uma estimativa dos recursos e reservas de acordo com os sistemas internacionalmente reconhecidos e a verificação da viabilidade técnica, económica, ambiental e social do projeto por intermédio de estudos de diferente magnitude são outras das metas estabelecidas.
O período de consulta pública está aberto até ao dia 25 de outubro, de acordo com o portal Participa.
Fotografia de geosondas.com