18 Fevereiro 2016      21:17

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DESPOVOAMENTO: NÃO PODEMOS CONTINUAR SEM FAZER NADA

2.500 euros para a melhor ideia de combate ao despovoamento é o que propõe a Associação Alentejo de Excelência através de um concurso de ideias. 
 
Esta iniciativa, que será apresentada no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo no próximo dia 25 de Fevereiro, no âmbito da Conferência Será o despovoamento do interior uma inevitabilidade?, pretende reforçar a atenção da opinião pública para um tema altamente preocupante no interior do país e em particular no Alentejo.
 
De acordo com a Associação Alentejo de Excelência o drama social, ambiental e económico, que é o processo de despovoamento que está em curso há mais 75 anos, resultou só no período 2001-2011 num decréscimo de mais de 26.000 pessoas na população residente do Alentejo.
 
A acrescer a esta sangria populacional, temos também o facto da população residente ser extremamente envelhecida. Segundo o INE, o Alentejo possuía em 2011 o Índice de Envelhecimento populacional mais elevado do país, com cerca de 179 idosos por cada 100 jovens, quando a media nacional é de 129. A título de exemplo, os Açores e Madeira têm índices de envelhecimento na ordem dos 80 idosos por cada 100 jovens.
 
Segundo Henrique Sim-Sim, Presidente da Associação Alentejo de Excelência, “não podemos continuar sem fazer nada e assistir a que todos os dias o Alentejo perca população desta forma. O mundo rural está a ficar tragicamente despovoado, as aldeias e vilas definham, e mesmo as chamadas grandes cidades do Alentejo tem uma escassa população. Excetuando a cidade de Évora, olhe-se para Beja que tem apenas 20.000 habitantes, ou Portalegre e Elvas que têm 15.000. Existem pequenos bairros em Lisboa que têm muito mais gente que estas cidades emblemáticas. O desequilíbrio demográfico e o despovoamento são alarmantes e os responsáveis públicos, mas também a sociedade civil, têm de fazer algo. Da parte da Alentejo de Excelência, queremos alertar a opinião pública e as entidades responsáveis, nos seus diferentes níveis, para este processo. Mas queremos também ativar e envolver a sociedade civil na procura, na proposta, e no desenvolvimento de ideias para fixar ou atrair pessoas para este território. Este concurso de ideias que agora lançamos com o apoio das Águas de Portugal, e que premeia o vencedor com 2.500,00 euros, tem precisamente esse objetivo.”