18 Outubro 2022      07:39

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Cooperativa de Moura e Barrancos prevê metade da produção

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, que já iniciou a campanha de azeitona, prevê uma produção de cerca de 30 milhões de quilos, metade da do ano passado, num ano de contra-safra, fortemente influenciado pela seca severa sentida no Alentejo.

Em declarações à Planície, José Duarte, presidente da cooperativa, mostrou alguma preocupação com o cenário futuro: “vamos iniciar a campanha, apesar de ainda estarem temperaturas de verão. O facto é que a azeitona está adiantada a nível de controles de maturação, existindo determinados parâmetros, como o rendimento e a gordura com matéria seca, que indicam que em alguns olivais, a azeitona está no ponto ótimo de colheita”. Mesmo assim, o ano é de “contra-safra. Viemos de uma campanha record de produção e era esperada uma campanha menor”, acrescenta o responsável.

O presidente aponta a seca severa como um dos principais fatores para este mau ano no sector oleícola, que apresenta sérias consequências no olival, no caso do Alentejo. “Tem implicações muito negativas no nosso olival de sequeiro, o que para nós é uma situação preocupante, porque os custos de produção duplicaram e até triplicaram”, observou o empresário.

Segundo José Duarte, a situação é bastante séria, com uma dura realidade que vai ser vivida por alguns agricultores, “que este ano não vão colher azeitona dos olivais. É uma situação complicada para esses agricultores, porque vão ter um ano de colheita zero”. Além disso, “o facto de não ter chovido pode implicar, nesses olivais de sequeiro, uma produção muito baixa no próximo ano”.

 

Fotografia de evasoes.pt