A epidemia de gripe das aves, registada entre 2021 e 2022, é já considerada a maior de sempre no continente europeu, afetando 37 países, incluindo Portugal. Apesar da gravidade da situação, no distrito de Beja o problema encontra-se controlado, embora seis dos nove casos do Baixo Alentejo tenham sido aí registados.
Maria do Carmo Caetano, da Direção de Alimentação e Veterinária da Região do Alentejo, explicou à Planície que dos seis casos registados em Beja, três foram em capoeiras domésticas, um numa ave selvagem e dois em aves em cativeiro, não destinadas ao consumo, adiantando ainda que estes seis casos têm uma alta patogenicidade.
Esta doença, que tem uma alta mortalidade, pode ser rapidamente identificada pelos produtores, um fator importante para travar esta epidemia.
Desde o final do ano passado, foram registados em Portugal cerca de 31 casos de gripe das aves e foram as medidas tomadas pelas autoridades que permitiram evitar que o número de casos registados fosse maior. Estas medidas passam pela rapidez na ação assim que surge uma suspeita, através de análises e do aumento da vigilância enquanto se aguardam os resultados. Quando a doença se verifica, torna-se obrigatório abater as aves e desinfetar as instalações, havendo também uma comunicação com a Direção-Geral de Saúde e outras entidades, de forma a monitorizar a possibilidade de transmissão deste vírus aos humanos, embora não se tenha registado ainda nenhuma situação deste tipo.
Fotografia de vozdocampo.pt
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