Entre as inúmeras atividades que se podem encontrar na costa alentejana, há quem ‘plante’ garrafas de vinho no fundo do mar, para serem depois ‘colhidas’ a várias profundidades, como explica Joaquim Parrinha à Agência Lusa.
A Adega do Mar, projeto da empresa Ecoalga, está em crescimento no porto de recreio de Sines, e este ano, a partir do próximo dia 15, vai apostar no enoturismo subaquático.
“O que é que vamos fazer com isto? O turista, o nosso cliente, deseja recolher uma garrafa de vinho e pode fazê-lo”, revela à agência Lusa o proprietário da Ecoalga, Joaquim Parrinha.
Enquanto escola de mergulho, a Ecoalga garante “a formação necessária” ao turista para esta sua “primeira experiência” de ‘colheita’ subaquática.
Se o mergulhador já for experiente, “pode ir lá abaixo à adega fazer a recolha da sua garrafa e trazê-la para a superfície”, explica, garantindo que a Ecoalga acompanha sempre os turistas.
“Vamos começar no dia 15 e tentar manter a atividade”, diz, aludindo à sazonalidade do negócio e da região: “Provavelmente, até 15 de setembro/outubro vamos conseguir fazer esta disciplina. A partir de outubro, vamos ver se Sines tem capacidade para estendermos um pouco mais a época”.
Com 8.000 garrafas de vinho submersas, de vários produtores, o empresário espera, até final do ano, chegar às 10.000, mas “há espaço para cerca de um milhão” no porto de recreio, admite.
“Temos vinhos a diferentes profundidades. Trabalhamos desde os 10 até aos 40 metros, para perceber o que é que o mar faz à bebida” e “trabalhamos também a caracterização da garrafa, que é uma das formas de vincularmos o mar ao nosso produto do vinho”, conclui.