21 Julho 2020      10:01

Está aqui

Turismo em Évora aumenta de “forma lenta” após desconfinamento

Desde o desconfinamento que a procura turística em Évora está a aumentar de “forma lenta”, mas os números estão “muito longe” dos registados antes da pandemia de covid-19, garante Carlos Pinto de Sá, presidente do município.

Em declarações à agência Lusa, o autarca revelou que “desde que se iniciou o desconfinamento, tem vindo a aumentar a procura turística, em particular das unidades hoteleiras rurais e mais isoladas”, acrescentando que algumas já tiveram “vários fins de semana com lotações muito perto do pleno”, os seus hóspedes sendo sobretudo “visitantes nacionais”.

Carlos Pinto de Sá disse ainda, “espero que possa continuar a crescer, mesmo de uma forma lenta e longe dos números que gostaríamos, mas, ainda assim, temos uma afluência turística que começa a ser razoável tendo em conta os tempos que vivemos”.

Além dos visitantes nacionais, Évora, cujo centro histórico está classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), também já se encontra a receber turistas estrangeiros. O autarca revela que se têm visto na cidade “sobretudo espanhóis e franceses”, e “também de outras nacionalidades, como italianos”. Porém, avança que o município ainda não tem dados quantitativos sobre o turismo com o desconfinamento.

De acordo com o presidente, Évora “estava a crescer mais de 20% ao ano” em termos turísticos, mas que nos dias que correm, “estamos muito longe desses números”, estimando que os turistas que passam agora pelo concelho andarão “na ordem dos 30% ou 40% relativamente ao que era normal”.

Carlos Pinto de Sá acrescentou também que este “é um verão com quebras muito significativas, não apenas para a área das atividades hoteleiras, mas também para a restauração. Particularmente, as micro e pequenas empresas vão ter grandes dificuldades para sobreviver”.

Relativamente ao surto de covid-19 que surgiu no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, no concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz, o autarca reconheceu que o caso teve “algum impacto” na imagem da região.

Na sequência deste surto, e segundo a mais recente atualização do boletim epidemiológico divulgado pelo município, mas com dados até domingo, este concelho do distrito de Évora regista 17 mortes, 90 casos ativos e 55 curados.