Uma nova ponte a montante da histórica ponte da Ribeira Grande, em Fronteira, vai ser construída pela Infraestruturas de Portugal (IP), após ter sido destruída pelo mau tempo de dezembro.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Fronteira, Rogério Silva, disse que o município se reuniu com representantes da IP na passada quarta-feira, e qua a “decisão” da empresa de avançar com a construção de uma nova ponte foi “ao encontro” da solução que a autarquia também defende.
Note-se que em dezembro, o mau tempo provocou vários prejuízos em Fronteira e destruiu o tabuleiro e guardas da histórica ponte da Ribeira Grande, um “ex-líbris” da região.
A ponte granítica, de 10 arcos semicirculares, está sob a alçada da IP, tendo ficado totalmente submersa em 13 de dezembro, com a subida do caudal da ribeira devido às fortes chuvadas, o que provocou a destruição do tabuleiro e das guardas.
A ponte está inserida no Centro Ecoturístico da Ribeira Grande, fazendo a ligação, através da Estrada Nacional (EN) 245, entre as vilas de Alter do Chão e Fronteira.
Enquanto a construção da nova ponte não avança, e de forma a restabelecer a ligação entre Fronteira e Alter do Chão, através da EN 245, as autoridades estão a equacionar fazer uma travessia “provisória”, que poderá passar pela construção de um pontão ou a montagem de uma ponte militar.
“À partida, entre uma destas duas soluções vai ser a solução definitiva”, acrescentou o autarca.
O município manifesta-se também disponível para colaborar na reabilitação, com o objetivo de transformar-se em ponte pedonal e ciclável.
Em comunicado, a IP confirma a reunião com o autarca de Fronteira, adiantando que, além dos prejuízos registados na EN 245, também terá de reabilitar a EN 243 (no mesmo concelho), que registou o abatimento do aterro de suporte da via ao quilómetro 154,2.
“A IP transmitiu ao município o seu empenho em dar início rapidamente ao processo de resolução destas situações, bem como em apoiar tecnicamente a câmara na definição de uma solução provisória no caso da EN245, situação que pela sua dimensão e complexidade apresenta um prazo mais alargado que o da EN 243”, lê-se no comunicado.
Fotografia de psd.pt