14 Julho 2020      10:01

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Central a carvão de Sines encerrará em janeiro de 2021

A EDP anunciou hoje, dia 14 de julho, que irá encerrar a central a carvão de Sines em 2021. O motivo passa pela possível participação da empresa no desenvolvimento do projeto de hidrogénio verde em Sines.

De acordo com a EDP e como noticiado pelo Jornal Económico, “no caso da central de Sines (1.180 MW), que não produz energia desde janeiro 2020, é hoje entregue uma declaração de renúncia à licença de produção, para encerramento em janeiro de 2021. Até esta data, a central produzirá o estritamente necessário para a queima do carvão armazenado”.

A empresa adianta ainda que entregou hoje à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) “uma declaração de renúncia à licença de produção para que possa encerrar a sua atividade em janeiro de 2021”.

Adicionalmente, a EDP explica a decisão foi tomada “num contexto em que a produção de energia depende cada vez mais de fontes renováveis. Além disso, com o crescente aumento dos custos da produção a carvão, aliado a um agravamento da carga fiscal, e com a maior competitividade do gás natural, as perspetivas de viabilidade das centrais a carvão diminuíram drasticamente”.

Para o futuro, a empresa assume que está “agora a avaliar o desenvolvimento de um projeto de produção de hidrogénio verde em Sines, em consórcio com outras empresas”.

Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo interino da EDP, referiu em comunicado que “a decisão de antecipar o encerramento de centrais a carvão na Península Ibérica é assim uma consequência natural do processo de transição energética, estando alinhada com as metas europeias de neutralidade carbónica e com a vontade política de antecipar esses prazos”.

A companhia anunciou igualmente que vai encerrar a central de Soto de Ribera em Espanha, além de converter a central de Aboño para gases siderúrgicos até 2022. A EDP garante que “está empenhada em contribuir ativamente para que as regiões onde estão localizadas estas instalações possam beneficiar do Fundo para a Transição Justa na sua reconversão económica e ambiental”.