10 Julho 2020      11:08

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António Costa Silva propõe investimento no porto de Sines

António Costa Silva, nomeado pelo Governo para ajudar na recuperação da economia no pós-pandemia, propõe aumentar a capacidade portuária do país, investindo no porto de Sines e Leixões.

Na “Proposta para a Visão estratégica para o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020-2030”, que Costa Silva apresentou esta quinta-feira ao Governo, constam também outras medidas, como a expansão da rede de metro em Lisboa e no Porto e a expansão da ferrovia.

De acordo com o ECO, que teve acesso ao documento, o gestor salienta que Portugal precisa de terminar a construção de algumas infraestruturas que são “indispensáveis para ter sucesso no século XXI, um século que vai ser marcado pelo paradigma da conectividade”. Costa Silva acrescenta ainda que o país tem acumulado “muitas polémicas” sobre as infraestruturas, mas agora é tempo de olhar para a frente e “de as fazer”.

No domínio marítimo-portuário, este novo plano propõe “investir nos portos de Sines e de Leixões para aumentar ainda mais a sua competitividade em termos de instalações e equipamentos para receber grandes navios”.

Relativamente a Sines, o engenheiro defende que se deverá construir um terminal portuário de minérios para exportação dos recursos minerais estratégicos, em particular o lítio. É ainda acrescentado que, caso se decida desenvolver a Zona Económica Exclusiva (ZEE), deverão ser incluídos o níquel, o cobalto, o manganês e os sulfuretos polimetálicos.

O plano prevê igualmente “a consolidação de um hub portuário nacional polivalente e que responda às exigências da procura nos segmentos da navegação comercial, turismo, transporte de longa e curta distância, pensando os portos para a integração das cadeias logísticas que servem, e completando-os com os investimentos necessários”. Em relação a este assunto, o engenheiro salienta que a digitalização dos portos e o investimento na rede de comunicações móveis 5G “é fundamental para aumentar a eficiência de todos os processos, reduzir custos e aumentar a competitividade”.

 

Foto da FCT - Universidade Nova de Lisboa