Há alguns anos, a televisão tinha uma estrutura quatro vezes maior, o telefone só servia para falar e as cassetes VHS eram presença em qualquer casa portuguesa.
Atualmente, a tecnologia avançou de tal forma que muitos desses dispositivos e invenções tornaram-se obsoletos. Com a inovação e engenhosidade humana por trás, todos os setores da sociedade acabaram por passar por um processo de revolução digital.
Seja para que atividade for, a transformação digital criou um fosso tão grande que a tecnologia analógica não conseguiu acompanhar. Sinais dos tempos e da evolução. Mas, acima de tudo, prova de que a mudança estará sempre presente na vida do ser humano, com a tendência de evoluir cada vez mais.
Com efeito, este artigo é uma pequena viagem no tempo. Uma viagem ao tempo dos telefones fixos, das máquinas de escrever e até mesmo das antigas slot machines.
Telefone fixo
Com um disco giratório numerado de 0 a 9, era necessário girar cada número para que as centrais telefónicas conseguissem interpretar mecanicamente a chamada.
Nos dias que correm, ecrãs sensíveis ao toque, tecnologia de transmissão de dados 5G, rede móvel, internet, conteúdos pagos... O mundo das telecomunicações móveis foi um dos setores que mais evoluiu desde os finais dos anos 90.
Tendo em conta que é uma invenção com mais de 100 anos, é de esperar que as telecomunicações não parem por aqui.
Máquina de escrever
As máquinas de escrever foram essenciais nos escritórios e em muitas casas desde o final do século XIX até quase o final do século XX, quando começaram a ser substituídas pelos computadores.
Quando foi inventada, a máquina de escrever tinha como objetivo imprimir caracteres em papel, bem como substituir as canetas de tinta e dar um carácter mais oficial e impessoal à escrita.
Alguns dos escritores mais importantes da literatura escreveram suas maiores obras em máquinas de escrever. Mark Twain escreveu As Aventuras de Tom Sawyer num modelo Remington; Ernest Hemingway tinha uma Corona; e Danielle Steel, uma Olympia.
Os computadores vieram revolucionar esse processo. Além de darem outra vida ao setor da escrita, trouxeram também consigo softwares de escrita.
Apesar dessa evolução, existem autores que ainda sentem a nostalgia de escrever numa máquina de escrever, como contou Ricardo Araújo Pereira em entrevista à revista Sábado.
Slot machines
Outra das áreas que passou pelo processo de digitalização foi o setor dos jogos de casino – especialmente as slot machines. Foi durante a década de 1960 que a Bally Manufacturing apresentou aos jogadores e aos casinos as primeiras funcionalidades eletrónicas nestas máquinas.
Mesmo com a mudança, as máquinas digitais não fizeram com que o jogo perdesse a sua popularidade. Antes pelo contrário. Com esta nova vida, novos desafios surgiram, o que trouxe ainda mais jogadores ao jogo.
No fundo, as slot machines não perderam a sua essência. Depois do jogador inserir moedas, selecionava os números de créditos e deixava rolar a máquina tal como nas máquinas originais.
Atualmente, também já é possível jogar jogos de slot em plataformas digitais. Inúmeras são as opções de jogo e, tal como, as máquinas físicas continuam com a magia de antigamente.
Walkman e discman
Em 1981, a Sony lançou no mercado um pequeno reprodutor de áudio portátil que apresentava uma ótima qualidade de som e permitia ouvir cassetes de música – algo que também já era uma inovação fora de série.
Nos anos seguintes, a marca japonesa incorporou um sintonizador AM/FM estéreo, equalizador de cinco frequências e a reversão automática, tornando o Walkman um dispositivo mais completo e sofisticado.
A partir de 1995, com o aparecimento dos CDs passou a ser conhecido como Discman. Por outras palavras, mais um sucesso e novamente um salto tecnológico. Em 2010, a Sony deixou de comercializar esses equipamentos. Isso porque, com mais um desenvolvimento digital, surgiram novos sistemas de compressão, caso dos MP3 e MP4.
Atualmente, qualquer um dos smartphones de última geração reproduz e armazena música. Aliás, já existem aplicações dedicadas exclusivamente ao mundo da música como a Spotify, por exemplo.
Leitores de VHS
Em 1976, nasceu o VHS (Video Home System). Desenvolvido pela japonesa JVC, tornou-se num dos mais importantes sistemas de gravação e reprodução de vídeo da época analógica.
Até aos anos 90, foi “rei e senhor” na área dos conteúdos em vídeo. Contudo, tal como outras invenções, também sofreu com a revolução digital.
No início do século XXI, os leitores VHS deixaram de ser comercializados em grande escala, à medida que foram substituídas por novos formatos. No caso, pelo DVD. Mais tarde, o próprio DVD viria a ser substituído pelo Blu-Ray como principal meio de fonte de reprodução e gravação de vídeo.
Câmara fotográfica analógica
Antes das inúmeras sessões fotográficas com o smartphone ou câmara digital, era a câmara fotográfica analógica a encarregar-se desta missão e a capturar os melhores momentos.
Esta é outra das invenções que passou por um sério processo de revolução digital: lentes, acessórios, capacidade de filmar... Atualmente, uma simples máquina digital faz tudo isso e muito mais. Caso para dizer, longe vão os tempos de ir a uma loja de fotografia pedir para revelar o rolo que acabou.
Existem muitas mais inovações, mas esses seis casos são aqueles que mais saltam à vista na hora de pensar em tecnologias que deram um enorme salto tecnológico e fizeram a diferença em pequenas coisas do dia a dia da sociedade.
Antes de terminar, nada como falar da última inovação lançada no mercado, uma máquina de café com comunicação sem fios. Fazer café... sem fios, quem diria?
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