30 Junho 2015      13:10

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PORQUE É QUE O CÉU É AZUL?

Um observador que se situe entre o Sol e a chuva observa um espectáculo maravilhoso fornecido pela Natureza. Esse espectáculo é um arco colorido a que chamamos Arco-Íris

e que prova que a luz branca (luz do sol) é policromática – constituída por várias cores.

Segundo a mitologia grega, o arco-íris aparecia sempre que Íris – uma linda virgem com asas e mantos de cores brilhantes – transmitia as mensagens divinas de Zeus à raça humana, deixando no céu um rasto multicolor. Contudo, foi necessário um cientista brilhante de nome Isaac Newton, no século XVII, fornecer uma explicação “adequada” para o aparecimento dessas cores e que não será aqui explicado para não “fugir” ao tema do artigo.

As cores do arco-íris surgem pela seguinte ordem: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Azul anil e violeta, com a cor vermelha a corresponder à parte de cima do arco e o violeta à parte de baixo:

Embora não seja este o tema do artigo senti-me na necessidade de o explicar para compreenderem a razão pela qual o céu tem a cor azul. Vejamos porquê!

Imaginemos agora que cada cor é o equivalente a uma pessoa à qual corresponde uma diferente altura (tamanho de pernas maiores ou menores – que em física designamos por comprimento de onda). A cor vermelha é a cor a que estará associado uma altura de pernas maiores e a violeta a uma altura de pernas menor; as restantes cores apresentam pernas intermédias sempre em sentido decrescente do vermelho para o violeta, tal como se pode ver na figura dois.

Uma vez explicado este ponto, estamos em condições de perceber o porquê do céu ser azul. A explicação dever-se à dispersão de Rayleigh. Esta teoria explica-nos que a luz cujos comprimentos de onda sejam mais pequenos sofrem uma dispersão (afastamento) maior do que a luz de comprimento de onda maiores e que esse afastamentos se devem às colisões com partículas que constituem o meio. (Nota: Essas partículas tem que ter um tamanho menor do que o comprimento de onda da luz que com elas colide). Deste modo, de acordo com a teoria de dispersão de Rayleigh, a luz azul sofre, em média, seis vezes mais dispersão do que a luz vermelha e consequentemente a luz azul é mais intensa do que a vermelha e deste modo o céu é azul (ver figura 4).

 

Raleight (1842-1919) era um físico britânico cujo trabalho incidiu, numa primeira fase, em aspectos mais teóricos (físico-matemático) na área da óptica (luz), embora tenha contribuído noutras áreas da física.

 

Ao final do dia, este efeito explica o avermelhamento do céu – a luz vermelha é a parte da luz solar que entra em maior quantidade na atmosfera.

 

Se após a leitura deste artigo efectuássemos uma visita de estudo à superfície da Lua, o céu seria completamente preto, dada a “ausência” de atmosfera na Lua – não há dispersão de Rayleigh!