António Costa Pinheiro, pintor nascido em Moura, faleceu aos 82 anos, na passada sexta-feira, 9 de outubro, em Munique, na Alemanha, onde vivia.

Nasceu em 1932 e ficou até 42 em Moura. Costa Pinheiro mudou-se depois para Lisboa, tendo estudado no Liceu Camões e na Escola de Artes Decorativas António Arroio.
Em 1956 realizou a sua primeira exposição individual e, um ano mais tarde, obteve uma bolsa do Ministério da Cultura da Baviera, para estudar na Academia de Belas-Artes de Munique. É, aliás, na Alemanha e em França que desenvolve grande parte da sua obra artística.
Em Paris, em 1960, funda o grupo e a revista KWY, juntamente com Lourdes Castro, Gonçalo Duarte, José Escada, René Bertholo, João Vieira, Christo Javajeffe e Jan Voss.
Considerado um dos nomes maiores da pintura contemporânea portuguesa, António Costa Pinheiro tem entre as suas obras mais conhecidas a série “Os Reis” e os trabalhos dedicados a Fernando Pessoa.
Chegou a estar preso em Caxias, por más relações com a ditadura de Salazar. Declarou de si que era um navio ancorado num porto sem abrigo. O crítico de arte Bernardo Pinto de Almeida aponta-o como autor de uma “obra maior” da arte portuguesa da segunda metade do século XX.
Fotografia do Público.