28 Setembro 2015      02:55

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NA RECTA FINAL

Esta será a minha última crónica antes das eleições legislativas. Na altura em que a próxima crónica sair, já serão conhecidos os resultados das eleições e quais os rostos que liderarão Portugal e representarão os distritos no Parlamento.

As sondagens dão para todos os gostos. Passos Coelho pede maioria absoluta e, logo no dia seguinte a sondagem Católica/RTP, coloca-o muito perto disso, sendo que, nesse mesmo dia, a sondagem feita para o Expresso pela Eurosondagem, mostra um empate técnico entre a Coligação e o PS.

Resumindo, o resultado será sem dúvida uma surpresa como foi no Reino Unido e até na Grécia, onde todas as sondagens se viram goradas pela voz dos eleitores.

Uma coisa é certa: estas estão a ser as eleições mais disputadas que há muitos anos há memória em Portugal o que leva ao combate ao maior partido em Portugal: a abstenção.

Numa distribuição feita pelo método de Hondt, chega-se à conclusão que os votos dos abstencionistas representam 117 lugares dos 230 deputados eleitos.

Ora, num País a atravessar as dificuldades que Portugal atravessa e em que as propostas apresentadas pelos vários partidos demonstram caminhos bem diferentes a seguir, estes 117 lugares têm que ser ocupados por Deputados que verdadeiramente nos representem.

Seja à esquerda, à direita ou ao centro, Domingo não é nem pode ser dia de ficar em casa à espera que os outros decidam por nós.

O meu desejo é ver os milhares que enchem manifestações e que fazem questão de expor a sua opinião nas redes sociais e nas caixas de comentários, deslocarem-se às urnas de voto e ali deixarem também a sua opinião.

Mais que um direito votar é um dever.

Um resultado eleitoral com uma abstenção de 60% como já chegou a acontecer, deveria envergonhar-nos a todos.

Entramos hoje na recta final não só da campanha, mas também do início do futuro que os portugueses irão escolher.

Que venha Domingo e que a abstenção fique de vez afastada.