19 Dezembro 2014      00:00

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Made in Alentejo: Patrícia Mateus e a MixLânea

Patrícia Mateus é natural de Lisboa mas vive em Évora há 18 anos.

Criar a marca Mix-lânea surgiu um pouco por acaso, pouco depois de esta Engenheira Informática ter começado a criar para si algumas peças de bijuteria. As suas peças de bijuteria e acessórios personalizados totalmente feitos à mão e à medida podem ser comprados online, através da página de Facebookhttps://www.facebook.com/MyxLanea/info

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Tribuna Alentejo: Quem é a autora destas peças tão originais, que está por trás da marca Mix-Lânea?

Patrícia Mateus: Chamo-me Patrícia, tenho 35 anos e uma filha de 3 anos. Sou licenciada em Engenharia Informática e formadora de Matemática e Informática, algo que nada tem a ver com bijuteria.Gosto de ler, de cinema, de viajar, de criar…

 

TA: Tu não és alentejana pois não?

PM: Já cá estou desde os 18 anos, por isso pode dizer-se que sou Alentejana. Sou natural de Lisboa, vim para cá por razões profissionais do meu pai e por aqui fiquei, rendida aos encantos desta cidade e da qualidade de vida que proporciona.

 

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TA:Como surgiu a ideia de criar a marca Mix-lânea?

PM: Surgiu da necessidade de encontrar acessórios ao meu gosto. Tudo o que existia nas lojas ou era caro, ou de má qualidade, ou não me agradava. Então, por brincadeira, comprei 2 alicates, algumas contas e dei largas à imaginação. Correu bem e as amigas começaram a pedir para fazer para elas. E assim, para mostrar o que ia fazendo, surgiu o blog em 2007.

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TA:E onde encontras inspiração para criar estes acessórios originais? É que apesar de criares algumas peças por encomenda, tens muitas outras que são da tua autoria, não é?

PM: As peças são todas da minha autoria, o que acontece por vezes é que as pessoas solicitam alterações em peças já criadas e ai surgem as peças personalizadas. Tenho sempre em conta as cores e formas da estação e inspiro-me também noutros trabalhos que vou vendo e que gosto.

 

TA: Há quanto tempo crias peças de bijuteria e acessórios personalizados?

PM: Crio peças de bijuteria desde 2007, inicialmente para mim, mas rapidamente se tornou num “negócio”. Pode-se mesmo dizer que se tornou num vício, estou sempre a imaginar novas peças, novas combinações de cores e matérias.

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TA: Há quanto tempo criaste a página do facebook/site? Atualizas a página diariamente?

PM: Criei a página em 2010, porque sabia que ia conseguir chegar a muito mais pessoas que não conseguia com o blog. Nessa altura não atualizava diariamente e era mesmo só para ir mostrando o que fazia. Comecei a atualizar diariamente em 2012, porque fiquei desempregada e sempre era uma forma de rendimento.

 

TA: Que tipo de peças se pode encontrar à venda na tua página?

 PM: Pode-se encontrar vários acessórios de bijuteria, desde anéis, brincos, pulseiras, colares e porta-chaves.

TA: Na tua opinião, qual é o artigo que te diferencia dos restantes artigos à venda através da Internet? / Qual é o produto que se vende mais?

PM: As peças trabalhadas em arame, porque ainda há poucas pessoas a fazer. Mas penso que quando criamos as peças e não nos limitamos a copiar, cada peça tem o toque pessoal da criadora, distinguindo-a assim das restantes.Vendem-se muito as pulseiras, principalmente aquelas que têm fotografias e peças gravadas e também os porta-chaves.

 

TA: Como encontras os materiais tão originais que compõem as tuas peças?

PM: Procuro quase sempre na Internet, porque o material que há nas lojas é bastante mais caro o que também encarece as peças. Tenho já vários fornecedores, mas todos portugueses.

TA: Consideras poder vir a dedicar-te a 100% a esta marca ou consideras tratar-se de um hobby?

PM:Neste momento é um hobby, mas gostava de um dia poder abrir o meu negócio, com um espaço físico.

 

TA: Normalmente quem se dedica a criar peças feitas à mão, por vezes sente pena de vender algumas peças, que se tornam, de certa forma, “especiais”. Acontece o mesmo contigo?

PM: Algumas sim, porque na maioria das vezes já não consigo reproduzir e são especiais. É raro fazer peças iguais, há sempre um pormenor que as diferencia.

 

TA: Também vendes em lojas?

 PM: Já pensei nisso e já me propuseram, principalmente lojas colaborativas, mas tenho algum receio e ainda não arrisquei. Tinha que começar em alguma loja da zona e depois se corresse bem, arriscava noutras.

 

TA: As vendas são regulares ao longo do ano ou há algum período do ano que se venda mais peças?

PM: Vou sempre vendendo, mas claro que o período mais significativo é o Natal. Penso que as pessoas procuram cada vez mais as peças personalizadas e feitas à medida.

TA: E para o Natal tens muitas encomendas? Até que data estás a aceitar novas encomendas?

PM:As encomendas começam a surgir em Novembro e normalmente aceito até uma semana antes do Natal, para ter tempo de terminar e entregar tudo a tempo e horas.