18 Agosto 2015      09:16

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FAZER UM ORÇAMENTO

Uma das questões da semana passada era sobre o orçamento familiar. Afinal… o que é isso?

Um orçamento corresponde ao levantamento de receitas e despesas que são previsíveis acontecer. O orçamento familiar é exatamente isso mas aplicado à gestão da nossa casa. E sim: deve tentar fazer o planeamento do próximo mês.

É nesta altura que o leitor pensa: “A semana passada mandou-me ler a crónica como se de um locutor de televisão me tratasse e agora manda-me prever quanto vou gastar no próximo mês? Então mas eu sou bruxo?” A verdade é que pode ser… Mas para isso tem que fazer trabalhos de casa!

O primeiro trabalho que aconselho é o seguinte: durante o próximo mês faça o levantamento de TODAS as receitas que tem e de TODAS as despesas. Isso mesmo, leu bem: TODAS! Mesmo o café que acabei de tomar, e que só custou 0,60€ (e se calhar com sorte…)? Sim! T-O-D-A-S as despesas.

Faça este exercício durante um mês inteiro. E no final do mês contabilize as despesas por diferentes categorias: alimentação, despesas de casa (luz, água, gás, etc.), comunicações, combustível, seguro, café, pastelaria, etc. E depois calcule a percentagem gasta em cada uma das categorias dividindo o seu valor pelo total dos gastos. E com isto tem a estrutura de gastos desse mês. E depois analise… Veja onde é que gastou mais ou menos. E tente perceber onde é que está a gastar demais.

A análise ao seu padrão de gastos vai ser-lhe bastante útil no futuro. Imagine que identifica que gasta demasiado dinheiro em cafés? Deve nos meses seguintes tentar gastar menos. Imagine que gasta demasiado combustível? Pode racionalizar no seu consumo. Imagine que… (escolha agora o que quiser) …pode mudar hábitos! E com essa mudança de hábitos pode poupar.

Depois de fazer esta análise para os gastos do mês e de tentar ajustar os seus hábitos (nas próximas duas semanas vou dar algumas dicas), repita o exercício anterior por mais dois ou três meses. Confirme se as mudanças que fez surtiram efeito.

E quais são as vantagens de fazer isto tudo? É que sem perceber onde gasta o seu dinheiro, não consegue distinguir entre despesas desnecessárias e despesas que consegue vir a reduzir; não consegue alterar hábitos para corrigir essas questões; não consegue poupar mais!

E agora mais uma questão tão comum nesta fase: “Mas poupar para quê? Quando morrer o dinheiro não vai comigo!”. Tem toda a razão no que diz: não leva o seu dinheiro consigo. Mas ao poupar consegue por exemplo fazer frente a eventuais imprevistos: um furo num pneu, um arranjo de um eletrodoméstico, uma conta de luz mais elevada. Mas consegue muito mais: consegue ter dinheiro para fazer aquilo que mais gosta!