Há oportunidades comerciais para empresas do Alentejo nos mercados internacionais da Holanda e dos Países do Golfo. Tão consistentes que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) estará em Évora no próximo dia 16 de Junho, na Universidade de Évora, para uma sessão de esclarecimentos com os empresários alentejanos e que tem o apoio do Núcleo Empresarial da Região de Évora (NERE) e da Universidade de Évora.
O encontro inclui uma sessão plenária e encontros bilaterais com os directores da AICEP em Haia (Holanda) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).
A iniciativa conta ainda com a participação de empresas-testemunho sobre estes mercados como a Ervideira e a Vale da Rosa e a divulgação de instrumentos de apoio à internacionalização no âmbito do Portugal 2020.
Oportunidades na Holanda
Os Países Baixos são atualmente o sétimo maior cliente das exportações nacionais. Em 2014 Portugal exportou 2,8 mil milhões de euros em bens e serviços para este país, um aumento de quase 30 por cento relativamente a 2010. No sentido inverso, e no mesmo período, a Holanda exportou para o nosso país 3,4 e 3,2 mil milhões de euros, respetivamente.
A economia holandesa cresceu pelo quarto trimestre consecutivo, com melhores prestações a cada vez mais níveis: as empresas investem mais, as exportações aumentam, o preço do imobiliário inverteu a curva negativa, há mais emprego e os consumidores gastam mais, inclusivamente em produtos que não de primeira necessidade.
Oportunidades nos Países do Golfo
O Reino da Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos (EAU) e o Qatar são as três principais economias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Uma vez que pelo Dubai passa 70% do comércio da região, os EAU apresentam-se como uma plataforma de negócios regional.
As exportações portuguesas de bens para os três mercados representaram em 2014 um total de cerca de 255 milhões de euros, correspondendo a maior fatia aos EAU (124 milhões de euros). Este valor apresenta um aumento de 49% em relação ao total registado em 2010 (171 milhões de euros), sendo de destacar a prestação dos setores das pedras de cantaria e outros materiais de construção, mobiliário, produtos alimentares, minerais e minérios, aparelhos elétricos e vestuário.
A Arábia Saudita é a maior economia do Golfo, cujo mercado assenta largamente na produção petrolífera, apresentando-se como o segundo maior produtor bruto mundial de petróleo e detendo as segundas maiores reservas do globo. Fora do setor petrolífero, a economia saudita cresce na ordem dos 5,6% (2013). O país delineou metas ambiciosas para impulsionar o setor industrial.
Para os anos vindouros, está prevista a atribuição de 1,1 biliões de dólares em projetos de infraestruturas sociais, programas nacionais de investimento em aeroportos, atração de investimento industrial, melhoramento do sistema de tratamento de águas e aumento do investimento na produção de energia. Os setores agrícola e da saúde são também cada vez mais importantes.
O Qatar é uma das mais estáveis e confiáveis economias do Médio Oriente e tem em curso uma ambiciosa estratégia de desenvolvimento que passa por um forte investimento em infraestruturas e na criação de uma economia interna autossuficiente, suportada por setores não petrolíferos. O investimento no Qatar cresce na ordem dos 7,5% ao ano, com valores que ascendiam aos 29 mil milhões de dólares em 2013 e que se prevê que cheguem aos 42 mil milhões de dólares em 2018. A este facto não é alheio ter sido atribuída ao país a organização do Campeonato do Mundo de Futebol de 2022. De registar que se espera em 2015 um aumento das importações de bens e serviços na casa dos 4,7%.
Motivos de sobra para abordar estes mercados.
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