16 Maio 2015      14:16

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ÉVORA NA AUSTRÁLIA

A cidade de Évora esteve ontem em destaque no jornal australiano “The West Australian”. Com o título “A cidade-museu de Portugal” (original Portugal’s “museum city”) o jornal nacional australiano refere que Évora tem muito mais que o necessário para ser Património Mundial da UNESCO.

Gemma Nisbet começa por descrever o Largo do Conde de Vila Flor “uma praça calcetada no centro da antiga cidade de Évora” onde diz sentir que “a história desta cidade portuguesa nos rodeia”.

Faz referência ao templo e herança romana e que no ano 57 sucedeu à povoação original celta: “A dominar a praça estão as ruínas de um templo antigo que contrasta com o cinzento céu de outono. (…) Logo atrás de nós, outra relíquia da era, uma das poucas porções da muralha da cidade romana.”   

Fazendo referências históricas aos edifícios envolventes, desde o Convento dos Loios e ao facto de ter sido construído sobre ruinas muçulmanas do ano 400, à igreja de S. João Evangelista, ao Palácio dos Duques de Cadaval e ao Museu de Évora e que relembra um período em que Évora era o centro da Educação e das Artes.

“Ao estar aqui é fácil perceber porque Évora é a cidade-museu de Portugal” continuando numa descrição histórica e explicando que os Visigodos destruíram muitos edifícios romanos mas que o Templo resistiu por ter sido adaptado e nele ter sido criado um matadouro ou um talho.

Bem perto do Templo está a Sé Catedral -construída em homenagem à Virgem Maria e para durar e passar a imagem de resistência ao tempo- que começou a ser construída logo após a Reconquista lidera por Giraldo “Sem Pavor”.

Aproveitando o culto a Maria e o facto de imagem de Maria na Sé aparecer como grávida, estabelece a relação com o culto da fertilidade; culto esse que data de tempos pagãos quando as estruturas megalíticas foram construídas nos arredores da cidade.

Segue a visita pela calçada até à Praça do Geraldo onde destaca que a o anterior palco d execuções durante a inquisição é agora um lindo sítio cheio de esplanadas.

Destaca ainda as pastelarias e as lojas cheias de “souvenirs” de cortiça dizendo que, se quisesse, poderia sair destas ruas vestida só com artigos de cortiça.

O percurso leva-a a uma visita à Capela dos Ossos, que diz ser feita de material “pouco convencional” revelando que, e apesar do nome, não estava preparada para que o que ia encontrar: “É macabro, mas não a acho horrenda – há alguma coisa relacionada com o cuidado com que os ossos foram dispostos.”

Pelas ruas de Évora encontrou ainda casas construídas no Aqueduto (originalmente existia um romano), casas antigas, umas mais degradadas, outras cuidadosamente pintadas e adequadas a que vivam pessoas literalmente cercadas de História.  

 

Imagem daqui