29 Novembro 2015      13:29

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ÉVORA: CENTRO COMERCIAL ASSUSTA BADAJOZ

Em Évora a discussão em redor do centro comercial persiste agora na nova localização em terrenos próximos do centro histórico da cidade, e do aqueduto, numa área municipal de cerca de 30 mil metros quadrados onde se prevê a instalação de cerca de 150 lojas, parques de estacionamento e salas de cinema.
 
O facto de a construção poder avançar está a levantar algum receio nos comerciantes de Badajoz como revela o jornal espanhol “Hoy”.
 
O avanço da construção do centro comercial depende da aprovação em reunião do executivo Municipal de Évora; este debate já teve lugar na passada quarta-feira, tendo sido reagendado para o dia 9 de dezembro a decisão quanto à cedência dos terrenos, respetivo caderno de encargos e programa do concurso, que terão que ser sempre  alvo de deliberação final em sessão da Assembleia Municipal.
 
Dizem os vizinhos espanhóis que a construção deste centro comercial em Évora é como “um torpedo na linha de flutuação do comércio de Badajoz.”  Francisco Javier Fragoso, alcaide de Badajoz (o equivalente a presidente da câmara em Portugal) diz que Badajoz é também “ núcleo comercial de parte importante do Alentejo” e que esta construção pode afetar o número de portugueses que visita Badajoz.
 
O edil eborense, Carlos Pinto Sá, em declarações ao “Público” disse que o efeito que o centro comercial em Évora terá sobre Badajoz será o equivalente que os de Badajoz têm sobre Évora, assumindo que “a grande maioria da população quer o centro comercial”.
 
Este novo enquadramento, mais próximo do centro histórico, é fruto de “estudos aprofundados sobre o seu impacto”, e explica que “quanto maior for a proximidade do centro histórico, menor será o impacto no comércio local.”
 
Simultaneamente, o Grupo Pró-Évora, uma associação criada em 1919 para debater as questões relacionadas com o património, tem também realizado alguns debates sobre a construção, ou não, deste espaço comercial, mas, até ao momento, ainda não existe uma posição.
 

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