15 Setembro 2016      11:05

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O FIM DA SILLY SEASON

O fim da silly season da política Portuguesa termina com alguns destaques. Ora temos um Primeiro-Ministro a usar termos de baixo nível como a “caça aos pokémons”. Como vemos Durão Barroso espantado por ter sido considerado como um lobista e ser possível, perder algum tratamento especial enquanto antigo presidente da Comissão Europeia.

Da mesma forma que achei preocupante uma entrevista recente que a DBRS deu sobre o possível corte do rating a Portugal e todas as suas implicações, hoje fico mais aliviado com as noticias que dão a mesma DBRS acreditar não ser necessário um novo resgate financeiro. No entanto a resposta que António Costa deu ao principal líder da oposição, julgo eu não ter sido a mais sensata, pois não estamos a falar de uma Catarina Martins que nos habitou a esse nível de debate, baixo, mas sim a um Primeiro-Ministro. Não descurando, também, que depois do difícil resgate de 2011 ser estranho e um tanto ou quanto preocupante, passado cinco anos, uma agência de rating voltar a abordar um tema destes. Como tal e para que este assunto fique totalmente clarificado, urge que o Sr. Primeiro-Ministro se preocupe menos com videojogos e se foque no cumprimento das metas orçamentais para 2016 e no Orçamento de Estado para 2017.

Quanto à polémica que paira em Bruxelas sobre a ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, considero natural que alguém como o Mesmo, que acumulou uma enorme experiência nos cargos que ocupou e nos assuntos que tratou, opte e reúna currículo para integrar uma das maiores empresas do Mundo. Agora, derivado a essa mesma experiência e aos negócios e consultorias que a Goldman Sachs trata junto de Países Europeus, não pode Durão Barroso ser ingénuo ao ponto de considerar que será tratado da mesma forma de sempre pelas instâncias Europeias. Não pode e não deve!

Valha-nos António Guterres, que tem obtido difíceis mas importantes resultados para atingir o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas. Um dos cargos mais influentes e importantes do Mundo e que poderá ser representado por um Português. Oxalá que não sejam os próprios Estados-Membros da União Europeia, como a Alemanha, a contrariarem o apoio quase unânime que tem existido em volta do Eng. António Guterres. Os bastidores diplomáticos andam ao rubro certamente, mas no final espero que seja um Português muito bem preparado e com provas dadas a vencer este processo de candidaturas complicado e muito concorrido.

Imagem de  Eric Bridiers.