29 Abril 2017      15:30

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NINGUÉM PODE SER DEIXADO PARA TRÁS

Há poucos dias foi promovida uma iniciativa na Assembleia da República pela Plataforma Portuguesa das ONGD.

Este seminário teve como objetivo dar a conhecer as principais recomendações recolhidas no Processo de Consulta Pública à Sociedade Civil.

Ao estarmos perante uma iniciativa de cidadania (de baixo para cima) torna-a mais relevante e mais objetiva. Enriquece ainda mais o debate.

Muitos contributos da sociedade civil dão força à discussão. As pessoas querem ser ouvidas. As pessoas têm que ser ouvidas.

Cada cidadão tem muito para dar. Porque a mudança não é somente colectiva. É fundamental trazer cada um dos cidadãos a esta causa. Só quando incorporada em cada um de nós se poderá tornar colectiva.

Lembrando uma pequena fábula: “Quando perguntavam a uma pequenina ave: porque é que apanhava uma pequena gota de água para ajudar a apagar um incêndio de proporções gigantescas? Respondia com toda a simplicidade: estou a fazer a minha parte”.

Aqui é semelhante: cada um de nós (em diferentes circunstâncias, em diferentes contextos, deve fazer a sua parte. Trazer a sua gotinha de água para ajudar a apagar este enorme incêndio que se alastra no Planeta.

O cidadão comum, as ONGD´s, a AR e muitos outros, devem dar o seu modesto, mas importante contributo para esta Agenda. Para esta causa.

Se nada se fizer…O que vai acontecer às pessoas? O que vai acontecer a este Planeta? Olhemos para o nosso Mundo. O que verificamos?

Acredito numa Agenda que pretende “Transformar o Nosso Mundo” ou talvez transformar os nossos mundos.

Necessitamos mesmo de um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Fortalecer a paz universal com mais liberdade.

A erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.

É fundamental libertar os seres humanos da tirania da pobreza e da penúria, curar e proteger o nosso planeta. Ninguém pode ser deixado para trás.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda universal. Eles procuram concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de género e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a económica, a social e a ambiental.

Os Objetivos e metas estimularão a ação para os próximos 15 anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta: Pessoas; Planeta; Prosperidade; Paz; Parceria.

Na terra onde fui eleito e que tanto gosto, o Alentejo (círculo de Évora), há uma tradição bem antiga: O Cante Alentejano (hoje Património Imaterial da Humanidade).

Tradicionalmente era cantado por homens (hoje também por mulheres). Mas o que mais importa é forma como é cantado, a mensagem que transporta, a forma como nos emociona. A força que trás na alma das suas gentes, na identidade de um povo.

O Cante Alentejano é cantado em grupo. Com diferentes vozes: umas mais fortes e outras mais doces; umas mais graves e outras mais agudas; umas mais afinadas e outras menos afinadas. Vozes das nossas gentes.

O que dá força ao Cante Alentejano é ser cantado em conjunto. Quando um grupo de pessoas se entrelaçam a cantar e cantam a uma só voz, vale muito mais do que quando cantam sozinhos.

O Cante Alentejano traz-nos essa força: em conjunto valemos muito mais.

Também nesta causa, de Implementar a Agenda 2030 para um Planeta Sustentável, também não devemos cantar sozinhos.

 

Nota do editor: Imagem de capa de regiaodecister.pt