30 Setembro 2016      11:15

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A FEBRE DAS AUTÁRQUICAS COMEÇA AGORA

"O ALENTEJO E O MUNDO"

Estamos praticamente a 1 ano das eleições locais.

De todas as eleições existentes em Portugal, cada uma com o seu grau de importância evidentemente, esta é aquela que mais dedicação e entusiasmo me dá e a muitos que conheço. Não só pelo seu grau de proximidade e relevância local, mas também pela importância de discutir projectos e soluções de médio/longo prazo para os Concelhos que cada um defende. Ainda por mais, vivendo num Distrito e numa região com sérias dificuldades de fixar as Populações no Interior, principalmente os mais jovens. Por estes motivos e mais alguns, é natural que qualquer Pessoa que se interesse por Política e pela terra que nasceu e/ou cresceu não seja indiferente a estas eleições. Como tal, este será certamente o primeiro de alguns artigos que dedicarei a este tema.

Estas eleições acabam por afetar muito o Eleitor, como afecta também os principais Partidos. Todos os Partidos têm interesse em concorrer no maior número possível de Concelhos. Vejamos o caso do Bloco de Esquerda que quer entrar em força em Concelhos como Évora, Estremoz e Arraiolos. A vitória dos Partidos a nível Municipal ou a sua representação nos 3 órgãos locais, têm depois repercussões importantes nos resultados nacionais, mediante também, a competência dos candidatos eleitos. São estes a imagem mais directa dos Partidos a nível nacional.

A grande alteração que existiu, foi o aparecimento dos Movimentos independentes que muita força tiveram junto das populações, como caso último em Borba, Estremoz, Redondo e o conhecido caso do Porto.

Estes novos fenómenos em Portugal prendem-se em bons casos pela divergência/afastamento/oposição de certos actores no seio dos Partidos Políticos. Que rompendo com os mesmos, criam um Movimento sendo por vezes uma gelatina de ideologias Políticas que em muitos casos resulta, noutros não tanto.

Os Partidos tradicionais têm que começar a fazer uma reflexão profunda sobre o modus operandi que os mesmos praticam dentro dos Partidos no que diz respeito às escolhas dos seus candidatos. Quantos não são os casos conhecidos a nível nacional que depois das Comissões Políticas locais (aqueles que melhor conhecem o Concelho) decidirem os seus candidatos, chegam as Distritais e Nacionais dos Partidos vetarem os nomes por capricho ou por divergências internas e escolhem outros candidatos, em que muitas das vezes poucas Pessoas os conhecem? Quantos não são os casos em que o perfil de um candidato acarinhado pela sua População e com fortes possibilidades de vencer, é “chumbado” por incompatibilidades políticas?

Acredito que o crescimento dos Movimentos independentes, que muitas vezes de independentes nada têm, não depende dos mesmos. Só existirá um novo boom se os Partidos quiserem manter este tipo de estratégias, erráticas e ultrapassadas.

A partir de agora muita noticia rolará de candidatos ou mesmo de candidatos a candidatos nos mais variados quadrantes políticos.  Que a visão, a competência e o prestigio, seja o ponto forte da escolha dos candidatos para, assim, termos melhores Representantes que passam dar o máximo pelos nossos Concelhos.

E começa agora esta escolha!

 

Imagme de globalsoft.pt