Christian Weinberger, da Direção Geral da Comissão Europeia para o Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, criticou a falta de ambição das metas para a produção de hidrogénio verde em Sines, afirmando que “100 MW até 2025 não é nada, assim vão perder o momento”.
As declarações foram feitas a propósito da conferência “Portugal na Vanguarda do Hidrogénio Verde na Europa”, organizada pelo ECO e pelo Capital Verde. Apesar de a União Europeia já ter classificado a produção do gás renovável do futuro como peça indispensável para que o continente se torne no primeiro neutro em carbono em 2050, na sua keynote talk, o responsável defendeu que a meta é pouco ambiciosa.
No entanto, Christian Weinberger teceu também elogios a Portugal e explica que Portugal é um dos melhores sítios da Europa para produzir hidrogénio verde, devido à sua localização e clima, que propiciam a energia fotovoltaica. O responsável europeu vai ainda mais longe e afirma que Portugal, Espanha, Itália e Grécia são os novos países “do petróleo”, devido às suas condições climáticas, uma oportunidade “que deve ser explorada”.
Entretanto, Marcus Guzmann, Chief Strategy Officer da empresa alemã Hydrogenious, revelou que está já a negociar a sua entrada no projeto H2Sines, do consórcio EDP/ Galp/ REN/ Martifer/ Vestas. “Está na nossa lista de desejos para 2021”, independentemente da assinatura de um memorando de entendimento entre Portugal e a Alemanha para o hidrogénio, garantiu o empresário.
A conferência “Portugal na Vanguarda do Hidrogénio Verde na Europa” é organizada pelo ECO/Capital Verde e conta com o apoio da EDP, REN, Martifer, Vestas, Galp e PLMJ.
Veja a conferência aqui.
Fotografia de ren.pt
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